Cotidiano

Candidatos prometem mais transporte e saúde no horário eleitoral do Rio

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RIO ? No horário eleitoral da televisão desta terça-feira, os candidatos inovaram pouco com relação ao mesmo horário do dia anterior. A maioria deles manteve a linha de promessas em transporte e saúde. Os vídeos já exibem poucas imagens da Olimpíada do Rio, que são trocadas por visitas dos candidatos aos bairros mais pobres da cidade.

Pedro Paulo (PMDB) aparece em um passeio pela zona Norte, no qual conversa com os moradores sobre o tempo em que morou no Cachambi e usava o transporte público.

Ele promete a ampliação do sistema de BRT (Transporte Rápido por Ônibus, na silga em inglês), além do aumento do efetivo da guarda municipal de 7,5 mil para 10 mil homens. O peemedebista também diz que vai construir 314 novas Escolas do Amanhã, de ensino integral.

No rádio, o candidato usa seus tem três minutos e 20 segundos de campanha para voltar a falar do sistema de BRT, que promete levar desde Cascadura até o centro da cidade.

– Eu também morava na Taquara e tinha que pegar o (ônibus) Grajaú/Jacarepaguá quando eu trabalhava como office boy – diz.

Pedro Paulo também usa um áudio do prefeito Eduardo Paes que o classifica como o candidato ?mais bem preparado? para governar a capital fluminense.

Jandira Feghali (PCdoB) usa basicamente o mesmo programa na TV e no rádio. Na televisão, ela acrescenta apenas um vídeo da presidenta Dilma Rousseff depondo no julgamento do impeachment no Senado, no qual Dilma fala das torturas que viveu na época da ditadura. Jandira classifica o processo de impedimento de ?golpe? ao processo democrático.

– Não tem volta, nós mulheres não voltaremos para o tanque, os negros não voltarão para a senzala e os gays não voltarão para o armário – diz Jandira. Ela propõe um governo de maior inclusão das minorias, com o uso de um aplicativo chamado ?Eu Governo?, que promete o controle popular do dinheiro público.

A candidata ainda diz que vai criar um gabinete de combate à corrupção e os conselhos de base das escolas, abertos à população.

Indio da Costa (PSD) faz, na TV, o mesmo programa que fez na segunda-feira, no qual falava de seus 25 anos de experiência como gestor público. ?Fui três vezes vereador, secretário municipal e estadual, candidato a vice-presidente do Brasil e estou no segundo mandato de deputado federal?, diz Costa. No rádio, ele usa a participação de seu candidato a vice, Hugo Leal, para falar que a dupla tem ?experiência e vontade política? para governar o Rio. No seu 1m26s, ele lembra o período em que foi secretário de administração da prefeitura e cita ações de economia que teria tomado na época.

– Conseguimos uma economia de 300 milhões de reais por ano. Dinheiro do imposto que você paga – diz.

Carlos Osório (PSDB) tem 1m14s e promete, tanto na televisão quanto no rádio, um investimento de 600 milhões em saneamento básico na zona Norte, além da ampliação do serviço de BRT para as regiões mais pobres da cidade.

– Vamos aumentar as estações e melhorar a integração com os ônibus alimentadores – diz Osório.

Campanha Crivella 30-08.pngMarcelo Crivella (PRB), na TV, usa a pesquisa Datafolha em que aparece 17 pontos à frente do segundo colocado (Crivella com 28, seguido de Freixo, com 11 pontos).

No rádio ele lembra, em seu 1m07s, a qualidade do atendimento de saúde que estava disponível para os atletas e autoridades da Olimpíada do Rio, para dizer que o mesmo atendimento deveria ser oferecido ao cidadão comum.

– A saúde será minha prioridade número um – diz Crivella, que vê as clínicas da cidade como estruturas ?abandonadas?.

Flávio Bolsonaro (PSC) agradece, na televisão, o apoio de familaires e amigos na campanha para a Prefeitura. No rádio, ele usa seus 27 segundos de programa para convidar o eleitor a segui-lo nas redes sociais e acompanhar sua programação de campanha pelas ruas da cidade.

Falas-Relâmpago

Alessandro Molon (Rede) tem 18s de programa na TV e no rádio, nos quais propõe melhora no atendimento de emergência de saúde, economia criativa, mais cultura, emprego e até mais ?moda?, sem ter tempo de explicar melhor as propostas.

Marcelo Freixo (PSOL) leva o ator Wagner Moura ao seu programa para dizer, em seus 11s, que ele enfrentou milícias, defendeu os mais pobres e ?sempre fez uma política limpa?.

Carmen Migueles (Partido Novo) tem tempo de dizer apenas duas frases em seus seis segundos de programa.

– Prazer, meu nome é Carmen. Horário eleitoral é muito velho, vem pro novo! – finaliza.

Também é curto o tempo de Cyro Garcia (PSTU), que em cinco segundos diz:

– Fora Temer, fora todos eles. Contra burguês, lute e vote 16.