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Campeão x time do 'quase': Golden State e Oklahoma fazem decisão na NBA

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Parece clichê afirmar que uma vitória na final da Conferência Oeste da NBA vale muito para Golden State Warriors e Oklahoma City Thunder, que fazem o sétimo e último jogo da série decisiva na noite desta segunda-feira, a partir das 22h (horário de Brasília), em Oakland. É preciso, contudo, entender a trajetória das duas equipes para ter a dimensão exata da importância — e por motivos bastante distintos — de uma vaga na decisão da NBA, onde o adversário será o Cleveland Cavaliers, vencedor da Conferência Leste.

NBA e NBB

O Golden State é a equipe do momento. Campeão da liga americana em 2015, o time de Stephen Curry, Klay Thompson, Andre Iguodala e outros craques mostrou nesta temporada que o sucesso anterior não foi obra do acaso. Com 73 vitórias na temporada regular, antes dos playoffs, os Warriors quebraram o recorde do Chicago Bulls de 1995/96 — equipe que tinha Michael Jordan no auge e um certo Steve Kerr, hoje treinador do Golden State, como reserva constantemente requisitado.

A relevância de Curry, o armador que parece revolucionar a técnica e a importância dos lançamentos de três pontos no basquete, é indiscutível. Não à toa, o camisa 30 dos Warriors foi eleito o melhor jogador da NBA pela segunda temporada consecutiva, e pela primeira vez de forma unânime — feito que nem craques como Jordan, Magic Johnson ou LeBron James conseguiram.

Não só de Curry vive o Golden State: no sexto jogo da decisão do Oeste, o grande nome da equipe de Oakland foi Klay Thompson, que anotou 41 pontos e converteu 11 bolas de três, recorde nos playoffs da NBA. Curry, embora siga decisivo, não brilha na final da conferência como no seu auge durante a temporada regular. Mesmo assim, joga o suficiente para dar certo favoritismo aos Warriors, em casa, no último jogo da série.

Uma derrota na final da Conferência Oeste, além de decepcionar expectativas muito elevadas, seria um feito quase inédito entre times tão bem sucedidos. Na elite de cinco equipes que já terminaram a temporada regular da NBA com 68 vitórias ou mais, apenas uma — o Boston Celtics de 1972/1973 — não conquistou o título da NBA.

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OKLAHOMA, O TIME DO QUASE

Enquanto o Golden State Warriors luta para não passar um pequeno constrangimento, o Oklahoma City Thunder tenta deixar para trás uma sequência de frustrações. Trata-se de um time considerado promissor desde a temporada 2011/2012, quando foi derrotado pelo Miami Heat na final da liga americana.

Kevin Durant e Russell Westbrook, os principais nomes do Oklahoma, eram revelações de apenas 23 anos à época. Parecia questão de tempo para que viesse um título da NBA. O destino foi ingrato. As lesões tiraram Westbrook e Durant dos playoffs em 2013 e 2015, respectivamente. Em 2014, Serge Ibaka, outro nome importantíssimo no Oklahoma, virou baixa em um momento decisivo: a final da Conferência Oeste, que seria vencida pelo San Antonio Spurs, eventual campeão.

Neste ano, o Thunder conseguiu manter força máxima na reta final da temporada. E deu a impressão que atropelaria o Golden State quando abriu 3 a 1 nos quatro primeiros jogos da série, ficando a uma vitória em três partidas da decisão. No jogo 5, Curry e Thompson reergueram os Warriors. E no jogo 6, em Oklahoma, o Thunder sucumbiu para si mesmo. Durant e Westbrook erraram muito no fim do último quarto, o Golden State aproveitou para virar o placar, vencer a partida e forçar o sétimo jogo.

Para deixar de ser o time do “quase”, o Oklahoma City Thunder precisará se impor na Oracle Arena dos Warriors, o time avassalador das 73 vitórias na temporada regular. Não é pequeno o desafio. Se tem algo que o Oklahoma mostra nos últimos anos, no entanto, é pouco apego às expectativas.

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