Saúde

Campanha contra gripe em todos os estados vai começar dia 4 de abril

O dia D de mobilização nacional está previsto para o dia 30 de abril

Dose está disponível em todas as unidades de saúde.
foto: AÍLTON SANTOS
Dose está disponível em todas as unidades de saúde. foto: AÍLTON SANTOS

Cascavel – O Ministério da Saúde confirmou ontem (15) que a campanha nacional de vacinação contra a gripe será realizada a partir de 4 de abril em todo o país, com previsão de distribuição de 80 milhões de doses para vacinar público-alvo. A previsão é que a campanha se estenda até o dia 3 de junho, ocorrendo em duas etapas. O dia D de mobilização nacional está previsto para o dia 30 de abril.

A campanha vai ocorrer de forma paralela a imunização da Covid-19 e o Ministério da Saúde alerta para a importância da imunização contra a gripe, que também tem extrema importância, já que visa prevenir o surgimento de complicações decorrentes da doença, óbitos e consequências nos serviços de saúde, sendo uma estratégia do Governo Federal para minimizar a carga do vírus, reduzindo os sintomas, que também podem ser confundidos com os da Covid-19.

A vacina Influenza trivalente utilizada pelo SUS é produzida pelo Instituto Butantan. A formulação é constantemente atualizada para que a dose seja efetiva na proteção contra as novas cepas do vírus. A vacina será eficaz contra as cepas H1N1, H3N2 e tipo B. A campanha acontecerá em duas etapas, sendo que a primeira será do dia 4 de abril a 2 de maio, quando poderão se imunizar os idosos com 60 anos ou mais e os trabalhadores da saúde.

Já a segunda etapa será entre os dias 3 de maio e 3 de junho e serão para o restante do púbico alvo: crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade, gestantes e puérperas, povos indígenas, professores, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, forças de segurança e salvamento e forças armadas, caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.

 

Crianças

No caso das crianças de seis meses a menores de 5 anos que já receberam ao menos uma dose da vacina Influenza ao longo da vida em anos anteriores, deve se considerar o esquema vacinal com a apenas uma dose em 2022. Já para as crianças que serão vacinadas pela primeira vez, a orientação é agendar a segunda dose da vacina contra gripe para 30 dias após a primeira dose.

Além, disso, o Ministério da Saúde reforça também a importância da vacinação contra o sarampo. Para evitar surtos da doença, a campanha de vacinação em 2022 será focada em crianças de seis meses a menores de seis anos de idade e trabalhadores da saúde.

 

Covid-19: dois casos da cepa Deltacron estão confirmados

 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou nesta terça-feira (15), que o Brasil já registra dois casos de pessoas infectadas por uma nova variante do novo coronavírus, a Deltacron, um caso no Amapá e outro no Pará. Esta nova cepa combina características genéticas da Ômicron e da Delta e vem sendo monitorada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde o início do mês, quando os primeiros casos foram identificados na França.

Queiroga salientou que a Deltacron é considerada de importância e requer o monitoramento, e que mesmo com a “desaceleração” do surgimento de novos casos da Covid-19 em todo o país, as autoridades sanitárias devem continuar vigilantes e que isso demonstra a importância da população se vacinar. “Tudo que acontece nos outros países, nós observamos. Monitoramos todos os casos, e isto é fruto do fortalecimento da capacidade de vigilância genômica no Brasil”, acrescentou o ministro.

Segundo o ministro, com os números em queda de casos e de óbitos, vários estados e municípios já flexibilizaram medidas de controle sanitário, como a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção. “Mesmo o número de casos estando desacelerando, é recomendável continuarmos usando as máscaras em hospitais. Pessoas imunocomprometidas e indivíduos que passaram por um transplante também”, finalizou o ministro.

Ele disse ainda que o Supremo Tribunal Federal delegou a estados e municípios a prerrogativa de, de maneira complementar à União, dispor a respeito do uso de máscaras. “Não se trata de obrigar as pessoas a não usar máscaras, mas sim de desobrigar o uso. E isto depende do cenário epidemiológico local. É preciso fazer isto de forma inteligente”, explicou.

O ministro também esteve reunido com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, quando pediu ao Senado para rebaixar a Covid-19 à situação de endemia. Segundo dados da última sexta-feira (11), 91% da população brasileira acima de 12 anos já tomou a primeira dose da vacina contra a covid-19. Desse total, 84,38% completou o esquema vacinal e apenas 36,48% das pessoas acima de 18 anos receberam a dose de reforço.