Política

Câmara negocia fim de greve dos servidores

São Miguel do Iguaçu – A intervenção da Câmara Municipal conseguiu aliviar os ânimos do funcionalismo público de São Miguel do Iguaçu, onde cerca de 300 servidores chegaram a cruzar os braços na quarta-feira (2). Eles protestavam por causa de dois projetos que alteram o plano de cargos e carreiras do magistério e dos servidores do quadro geral. Segundo o Sindicato dos Servidores, os vereadores atenderam os trabalhadores e alteraram importantes pontos da Lei 3.035/2018, sancionada ontem pelo Executivo.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores de São Miguel do Iguaçu, Rosnete Hubler, havia um risco de prejuízo aos trabalhadores. “Tratam-se de direitos adquiridos e que não podem simplesmente ser retirados. Não se faz um favor ao trabalhador, mas apenas lhe alcança o que é justo e legal”, argumenta.

Segundo a dirigente sindical, os principais prejuízos para os servidores seria nas progressões, fundamental para o reconhecimento da carreira pública. “Tanto o magistério quanto os demais servidores seriam profundamente injustiçados caso não tivéssemos nos atentado e mobilizado a categoria”, afirma.

Rosnete Hubler conta que a tensão começou ainda em fevereiro, quando a greve chegou a ser deflagrada. “Depois disso tentamos todo tipo de diálogo e negociação, mas não fomos ouvidos”. Parte da categoria terá, segundo a dirigente, muitos prejuízos com as mudanças. “Os servidores que não cumpriram os dois terços de estágio probatório serão regidos por essa nova legislação e quanto a eles, infelizmente, não houve muito avanço”.

O secretário de Administração, Valdecir Simão Lago, afirma que o diálogo sempre existiu e que houve apenas uma má interpretação dos fatos. “Antes mesmo de encaminharmos os projetos para o Legislativo eles foram amplamente discutidos com as comissões do Plano dos Cargos e Salários, Sindicato e vereadores, tudo isso registrado em ata. Durante o período de greve de um dia, nenhum projeto foi modificado, somente reformulado a interpretação de texto”, explica.