Cotidiano

Câmara abre processo que pode cassar prefeito afastado Antônio Rabel

Ele é acusado de chefiar um esquema de fraude em licitações de medicamentos

Ibema – A Câmara de Vereadores de Ibema aprovou por unanimidade a criação de uma Comissão Processante contra o prefeito afastado Antônio Rabel, acusado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de chefiar um esquema de fraude em licitações para aquisição de medicamentos.

A expectativa é de que o relatório sobre a cassação seja julgado em 40 dias a contar da notificação a Rabel, que foi libertado por determinação do Tribunal de Justiça do Paraná após passar alguns dias preso na 15ª SDP, em Cascavel, mas está proibido até mesmo de entrar na prefeitura. Desde o dia 16 de julho o vice-prefeito Paulo Luiz Pauwels está interinamente no comando da administração de Ibema.

De acordo com o presidente da Câmara, vereador Nereu Glaba, a Comissão Processante foi formada após o recebimento da denúncia contra o prefeito afastado. Ela é integrada pelos vereadores Antoninho de Lara – presidente -, José Bonfim – relator – e Nilson Sotel – membro. Os três serão assessorados pelo advogado cascavelense Rodrigo Teffer, contratado especificamente para esse fim.

 “A Comissão ainda está elaborando todo o processo conforme manda a lei. O prefeito afastado ainda não foi notificado, mas assim que isso acorra ele terá dez dias para apresentar a sua defesa”, explicou Nereu Glaba.

A partir disso os vereadores têm prazo regimental de 90 dias para apresentar o relatório final, mas a expectativa é de que isso seja antecipado. Para a cassação de Rabel serão necessários os votos de 2/3, ou seja, de seis dos nove vereadores.

Outros implicados

Além de Antonio Rabel o esquema de fraude com medicamentos levou à prisão dos secretários municipais de Administração, Valdir Roberto Scheifer, e de Saúde, Eunice Vieira de Lara, de uma servidora municipal e dos empresários cascavelenses Gelson Martins Teixeira – Fernamed -, Alexsandro dos Santos – DZ9 – e Odair Sartori – Distribuidora Gralha Azul.

Todos foram libertados, mas Gelson voltou a ser preso acusado de ameaçar testemunhas. O Gaeco aguarda agora autorização do Tribunal de Justiça para agir em outros 20 municípios fornecidos pelas mesmas empresas.