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Calmaria só na água: a uma semana, Lagoa tenta ganhar cara de Olimpíada

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Não se deixe enganar pela temperatura da água, que se estabilizou em torno de 22º C ao longo da semana: o Estádio de Remo da Lagoa está em ebulição faltando uma semana para o início da Olimpíada do Rio. Enquanto as maiores delegações começam a chegar para treinamentos, a equipe responsável pela arena faz vários últimos ajustes para deixar o local com cara de competição.

Conforme aumenta o número de atletas, a segurança não só aumenta, mas também precisa se adaptar. Na sexta, os botes da Marinha que patrulham a água se preocupavam em manter maior distância das raias de treinamento.

Antes, era comum que os botes ocupassem trechos de raias, ao lado de atletas, embora tendo o cuidado de não acionar os motores a toda potência, para evitar excesso de ondulação. No início da semana, a segurança chegara a ser descrita pelo remador neozelandês Mahé Drysdale como “provavelmente mais relaxada” do que em edições anteriores dos Jogos.

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Até quinta-feira, o clima ainda era de aquecimento. A entrada de pessoas credenciadas, por exemplo, acontecia pelo mesmo portão dos carros, com uma processo improvisado de revista – o que mudou na sexta, com a instalação de detectores de metais e presença firme de oficiais da Força Nacional.

– É o nosso primeiro dia com segurança mais completa. Já estava na hora – confirmou Cora Zillich, ex-remadora alemã e responsável do Rio-2016 pela gestão do estádio durante os Jogos – Hoje (sexta) é o primeiro dia dos EUA aqui no estádio. A água já está mais lotada. E está linda, o tempo está ótimo – completou.

Os ajustes restantes passam ainda por soldas em pisos metálicos e pintura de trechos recém-instalados, como o corrimão da rampa de saída dos atletas da Lagoa. Se os atletas de várias delegações já começam a conhecer os atalhos da água, os caminhos por terra no Estádio de Remo ainda não confusos.

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– A gente não sabia que podia te encontrar aqui. Ficamos esperando bastante tempo na outra arquibancada – explicou a remadora brasileira Fernanda Nunes, ao chegar apressada para uma entrevista ao lado de Vanessa Cozzi, sua parceira no double skiff leve.

Na sexta, funcionários da organização colocavam placas indicando aréas de imprensa e setores restritos para atletas. Como a colocação de barreiras metálicas ainda não está completa, o jeito era manter funcionários nos acessos de cada área restrita, para evitar tanto intrusos acidentais quanto curiosos de plantão.