Cotidiano

Cai o número de multas aplicadas em Cascavel

O número de multas aplicadas por agentes da Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito) caiu quase pela metade no ano passado.  Em média, foram aplicadas 14,2 multas diárias em 2017, uma redução de 46% se comparadas com as infrações registradas em 2016, quando a média diária era de 26,4 multas. No total, os agentes aplicaram 5.199 multas no ano passado, contra 9.639 em 2016.

Somando-se as multas aplicadas pelos radares, a média diária é de 243,7 infrações registradas diariamente, ou dez motoristas punidos por hora. No geral, também houve queda no número de infrações, neste caso de 5,7%. Foram registradas 94.347 autuações em 2016 e 88.966 em 2017. Em 2016, a medida diária era de 258,4 multas diárias. 
“Considerando que houve um crescimento expressivo da frota, que saltou de 215 mil para 221.884 veículos, essa redução pode ser considerada ainda mais significativa”, diz o presidente da Cettrans, Alsir Pelissaro.

O presidente da companhia explica que o prefeito Leonaldo Paranhos tem insistido na determinação para que a Cettrans amplie as ações educativas e de orientação, visando um trânsito mais humanizado.  Por outro lado, também determinou rigor absoluto nas operações que têm como objetivo combater o excesso de velocidade no perímetro urbano e a embriaguez ao volante. “Vamos educar e orientar, mas o infrator de trânsito que coloca vidas inocentes em risco será tratado com o rigor da lei”, reforça o prefeito. 

Os infratores

Um levantamento feito pela psicopedagoga e especialista em trânsito, Vânia Müetzemberg, mostra que 14,8% dos veículos emplacados em Cascavel são responsáveis pela geração de 74,3% das multas aplicadas no município e 80,1% da frota não teve multa alguma entre janeiro e outubro do ano passado. “Estes dados demonstram que a maior parte dos condutores cascavelenses não são infratores de trânsito e que a desordem, o risco e os transtornos gerados no trânsito das vias locais são gerados por uma pequena parte dos condutores, que de modo irresponsável, continuam alheios às normas e regras estabelecidas pela legislação”, diz a especialista.