Cotidiano

Caderno apresenta indicadores de inovação no oeste do Paraná

Levantamento indica que região soma melhorias no ambiente de inovação. Trabalho ainda exige desafios

Identificar e compreender a inovação na região Oeste do Paraná. É com este objetivo que o Sebrae/PR desenvolveu, em parceria com o Sistema Regional de Inovação (SRI) – Iguassu Valley e Programa Oeste em Desenvolvimento, a segunda edição do Caderno de Indicadores de Inovação na região. O material, produzido com base em questionários e grupos de trabalho, é dividido em cinco temáticas: cooperação, recursos, empreendedorismo inovador, educação e políticas públicas.

“Em 2019, lançamos a primeira edição do caderno e, agora, com a sequência deste trabalho, temos condições de fazer comparativos e identificar o que melhorou ou estagnou entre um período e outro. Os resultados obtidos nos permitem mais assertividade para propor avanços, provocar mudanças e melhorar o ecossistema local de inovação”, esclarece o consultor do Sebrae/PR, Alan Debus.

Os indicadores, segundo a metodologia escolhida para análise dos dados, acompanham o resultado de ações e não o esforço para a promoção das iniciativas. Na temática de cooperação, os indicadores relacionados ao atendimento das demandas da Plataforma SRI e contratos de transferência de tecnologia tiveram aumento, mas o número de projetos cooperados caiu significativamente.

Outro exemplo é na temática de empreendedorismo inovador: na primeira edição, os resultados mostraram que no ano de 2018, onze empresas foram criadas em pré-incubadoras (nove na Fundação Parque Tecnológico Itaipu e duas na PUC Toledo). Destas, porém, nenhuma conseguiu graduar, ou seja, obter autonomia para se desenvolver sem o suporte das incubadoras. Já em 2019, houve crescimento nestes índices, indicando aumento não só na criação de projetos (42), como também no número de empresas graduadas (5) e aceleradas (18).

Na publicação, os principais resultados indicam para a necessidade de criar fundos de inovação e grupos de investimentos locais; consolidar o movimento Iguassu Valley; ampliar e conectar redes e habitats de inovação e colocar a região como referência em inovação agropecuária, principalmente com a instalação do DataLab.

“A inovação é o fomento do crescimento econômico. Com a instalação do DataLab, por exemplo, a ideia é gerar competência de pesquisa aplicada à inovação com uso de dados. Queremos, com isso, resolver problemas locais com ferramentas próprias, transformando as nossas indústrias e, também, incentivar as escolas e universidades da região para formar mais cientistas de dados, pois são eles que permitem a compreensão do cenário presente para projetar ações futuras” explica o coordenador do SRI – Iguassu Valley, Jadson Siqueira.

Os dados que compõem a segunda edição do Caderno de Indicadores de Inovação do Oeste do Paraná estão disponíveis para conferência pelo site https://plataformasri.pti.org.br/bibliotecas/caderno-de-indicadores/.

Dados em destaque

Segundo o levantamento realizado, em 2019, a região Oeste contava com 90 empresas de caráter inovador; 25 instituições de ensino; 22 instituições de apoio; 22 instituições de crédito e/ou governamentais; 14 habitats de inovação e 6 governanças.

No período analisado, a região captou mais de R$ 60 milhões em recursos para a inovação em diferentes instituições de fomento e/ou financiamento, sendo que mais de R$2 mi foram aplicados em startups incubadas ou aceleradas em 2019.