Policial

Cadeia pública é interditada pelo Ministério Público

Decisão determinou que todos os presos que permanecerão no local sejam transferidos

Corbélia – Abrigando 49 detentos em um local construído para apenas nove, a cadeia pública de Corbélia não poderá receber novos presos a partir desta quarta-feira. Segundo determinação do MP-PR (Ministério Público do Paraná), a interdição será mantida até que o número de presos diminua e ajustes sejam feitos com uma reforma.

O MP ajuizou ainda em 2014 uma ação civil pública, buscando a interdição do local. Na época, a Promotoria alegou más condições de salubridade e falta de estrutura para abrigar presos. O Estado do Paraná protocolou um recurso, pedindo a suspensão da decisão. Porém, uma nova sentença reforçou o cumprimento da determinação.

Além do impedimento da entrada de detentos, a decisão determinou que todos os presos que permanecerão no local sejam transferidos para outras unidades em um prazo de até seis meses. A cadeia pública abriga presos da vizinha Cafelândia. Com a interdição, no entanto, novos detentos deverão ser encaminhados para Toledo.

“As paredes estão com mofo, registramos problemas de piolho e sarna nos presos. Eles também não tomam o sol adequado. É possível mantê-los ali por um tempo, mas é preciso que seja feita uma reforma que permita condições mínimas de higiene e de saúde”, aponta a promotora Cláudia Biasus.

O problema de superlotação de cadeias não é exclusivo de Corbélia. Em Cascavel, por exemplo, o cadeião da 15ª SDP (Subdivisão Policial) abriga quase 500 presos, em um local com capacidade para 130. A situação é crítica também em Medianeira, onde cerca de 150 detentos dividem espaço destinado para 27.