Cotidiano

'Caça-Fantasmas': críticas feitas por mulheres são mais positivas

Links ‘Caça-Fantasmas’RIO ? A mudança de gênero do quarteto que caça fantasmas pelas ruas do Nova York continua dando o que falar. Primeiro foi a saraivada de críticas pelas redes sociais quando o diretor Paul Feig anunciou que Melissa McCarthy, Kristen Wiig, Kate McKinnon e Leslie Jones fariam os papéis que foram de Dan Aykroyd, Bill Murray, Harold Ramis e Ernie Hudson. O novo capítulo da controvérsoa mostra que críticas escritas por mulheres tendem a ver o filme de forma mais positiva do que aquelas feitas por homens.

Na manhã desta quarta-feira, agregador de críticas de cinema “Rotten Tomatoes” avaliava a nova versão de da comédia de 1984 com 75 pontos no “tomatômetro”, ou seja, uma pontuação semelhante ao novo sucesso de bilheteria “Pets: A vida secreta dos bichos” e do último filme de Woody Allen, “Café society”. Entretanto, a nota de “Caça-Fantasmas” seria bem maior caso apessas as críticas feitas por mulheres fossem computadas: 85.

Entre os 72 “tomates” na caixa do site, 54 eram “frescos” e 18, “estragados”. No universo das críticas negativas, apenas três foram feitas por mulheres, contra 15 dos homens. Já entre as positivas, 17 foram feitas por elas e 37 por eles.

Quando a análise é restrita apenas aos críticos com o selo de “top”, o filme ganha uma nota bem mais baixa: apenas 50 pontos. E é justamente no grupo que inclui os críticos da revista “Variety”, “Time” e dos jornais “The New York Times” e “Chicago Sun-Times” que o viés de gênero é mais acentuado. Dos 13 homens que avaliaram o filme, oito deram nota negativa, resultando em apenas 38% de aprovação. Entre as sete mulheres, cinco gostaram e duas não ficaram satisfeitas, ou seja, a avaliação foi 71,5% positiva.

Entre “‘Caça-Fantasmas’ é um horror do começo ao fim” (segundo Richard Roeper, do “Chicago “Sun-Times”) e “o novo, alegremente bobo ‘Caça-Fantasmas’ é aquela raríssima oferta dos grandes estúdios ? um filme com muita diversão despretenciosa” (Manohla Dargis, do “New York Times”), a polêmica parece que vai continuar.