SYDNEY ? Um francês de 29 anos gritou ?Deus é grande?, ao matar uma cidadã britânica a facadas e ferir duas pessoa num albergue na Austrália, informou a polícia nesta quarta-feira.
O homem estava na Austrália com um visto de turista válido e não tinha ligações conhecidas com grupos radicais como o Estado Islâmico (EI), que vem incentivando seus seguidores a realizarem ataques com facas ou outras armas mortíferas disponíveis, segundo a polícia.
A britânica foi identificada como Mia Ayliffe-Chung, de 21 anos, do condado inglês de Derbyshire. Segundo a emissora pública Australian Broadcastingn Corp, ela estava trabalhando temporariamente no país. Um britânico de 30 anos foi hospitalizado em estado crítico depois do ataque ocorrido na noite de terça-feira no estado de Queensland, ao sul da cidade de Townsville..
? Os depoimentos indicam que o suposto agressor fez comentários que podem ser entendidos como de natureza extremista ? disse o vice-comissário do Serviço de Polícia de Queensland, Steve Gollschewski. ? Ele parece não ter agido sozinho. Está visitando a Austrália e não tem conexões locais conhecidas, mas as investigações estão em andamento.
A Austrália está em estado de alerta para ataques de islâmicos radicalizados no país desde 2014, e as autoridades afirmam ter frustrado diversos complôs. Cerca de cem pessoas foram para a Síria para lutar ao lado de organizações como o Estado Islâmico, segundo dados do Ministério da Imigração.
A Austrália já foi vítima de vários ataques de ?lobos solitários?, incluindo um cerco a um café de Sydney que resultou na morte de dois reféns e do atirador em 2014, mesmo ano em que a polícia matou a tiros um adolescente de Melbourne que esfaqueou dois agentes das forças de combate ao terrorismo.
