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Brasileiros vaiam tudo, diz técnica da equipe feminina de futebol dos EUA

BRASÍLIA – Vaias, muitas vaias. Poucas coisas chamaram tanto a atenção de Jill Ellis, treinadora da seleção feminina de futebol dos Estados Unidos, durante a Olimpíada. Para complicar, a goleira da equipe, Hope Solo, deixou muito claro, antes do começo do torneio, sua preocupação com o vírus zika, a ponto de postar uma foto com uma tela cobrindo toda a cabeça, parecendo estar num apiário prestes a colher mel. A torcida brasileira não perdoou e, a cada cobrança de tiro de meta, grita em coro: “zika”. Futebol masc BRA 11-08

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Além das vaias, a goleira dos Estados Unidos falhou no último jogo na Colômbia. O primeiro gol no empate por dois a dois veio após um frango de Hope.

? Hope é mentalmente muito forte. É parte do jogo (a falha contra a Colômbia). Temos que seguir em frente. Em relação à multidão, o que eu aprendi no Brasil é que eles vaiam tudo ? disse a treinadora, rindo.

? Talvez seja apenas uma forma de se expressarem como torcedores. Eu acho que agora é uma coisa que pode nos motivar ? acrescentou.

Os Estados Unidos enfrentam a Suécia na sexta-feira, às 13h, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Nesta quinta-feira, as jogadoras foram ao local reconhecer o gramado. A camisa 10 Carli Lloyd, eleita melhor jogadora do mundo em 2015, evitou polêmicas tanto em relação ao estado do campo do estádio, quanto em relação ao comportamento da torcida.

? Vamos focar em ter um bom desepenho ? disse Carli sobre o gramado.

? Eles (os torcedores) estão se divertindo ? afirmou a jogadora quando questionada sobre a maneira como a torcida brasileira pega no pé de Hope Solo.

Já a atacante Alex Morgan não gostou muito do gramado, mas disse que isso não vai afetar o modo de jogar do time.

? O gramado está um pouco maltratado, mas nós estamos focando apenas em nós amanhã, e temos que lidar com o que nos é dado. O estádio mesmo é bonito e estamos animadas para jogar amanhã – disse Alex.

Em relação à Suécia, a treinadora Jill Ellis espera um time fechado e contra-atacando.

? Elas não vão dar espaço e esperar o momento oportuno ? disse Jill.

A treinadora sueca, Pia Sundhage, apontou uma vantagem que poderá ajudar sua equipe: não ter viajado. A última partida do time ? o empate sem gols contra a China ? também ocorreu no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

? É uma grande vantagem não ter que viajar. É bom não ter que acordar cedo para ir ao aeroporto ? disse Pia Sundhage.

Pia foi técnica dos Estados Unidos em 2012, quando conquistou o ouro nos Jogos Olímpicos de Londres. Em 2015, quando Pia já estava no comando da Suécia, as duas seleções ficaram num empate sem gols na Copa do Mundo.

? Pia nos conhecia bem. Não sei se ainda conhece bem. Temos novas jogadoras. Eu acho que tem umas dez jogadoras que estão na primeira Olimpíada ? disse a atacante dos Estados Unidos, Alex Morgan.

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