Ele ganhou o nome em homenagem a um dos maiores artilheiros da história do futebol e, nesta sexta-feira, na Arena do Futuro, assim como o xará famoso, fez a festa da torcida brasileira. Com quatro gols, Romário, não o Baixinho da Vila da Penha, mas o jogador de goalball, brilhou na vitória da seleção brasileira da modalidade sobre o Canadá por 11 a 3, a segunda da equipe na competição.
Nasci quatro dias depois de o Brasil conquistar a Copa América
– Meu pai me deu batizou de Romário em homenagem ao Baixinho. Nasci no dia 20 de julho de 1989, quatro dias depois de o Brasil conquistar a Copa América em cima do Uruguai, no Maracanã – conta o ala-pivô, que é um pouco mais alto que o xará: tem 1,78m.
Romário nasceu em João Pessoa-PB, mas foi criado em Natal-RN. O goalball é disputado por atletas parcialmente ou totalmente cegos. Aos 16 anos, ele passou a enxergar apenas vultos, por conta de uma retinose pigmentar.
– Primeiro comecei a lutar judô. Mas, por intermédio do meu amigo Halyson Bôto (judoca paralímpico), fui apresentado também ao goalball. E desde lá comecei a jogar na seleção – recorda Romário.
O Brasil abriu 1 a 0, com Leomon, mas logo o Canadá empatou. Aí começou a brilhar a estrela de Romário. Com seus quatro gols, o artilheiro colocou a seleção brasileira novamente na frente: 5 a 1. A partir daí, os anfitriões não tiveram mais dificuldades e dominaram a partida. A vitória veio fácil, com a tradicional festa da torcida, mas somente nos momentos de gols. No goalball é proibido fazer barulho durante a partida, pois os jogadores precisam de silêncio para se guiar pelo barulho do guizo da bola.
O próximo confronto do Brasil será contra a Argélia, neste domingo, às 9h, na Arena do Futuro.
– Jamais vencemos a Argélia. É um time enjoado. Mas estamos focado e o grupo está bem unido. Além disso, contamos com o apoio dessa torcida maravilhosa, que vem nos apoiando – finalizou Romário.
