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Brasil vence EUA e pega a França nas semifinais da Liga Mundial

CRACÓVIA, POLÔNIA – Bem que Antonin Rouzier torceu… O oposto francês, destaque na sua seleção, não queria enfrentar o Brasil na semifinal da Liga Mundial porque “é o time mais forte do mundo”. Mas não deu certo.

O Brasil, que terminou em primeiro lugar na sua chave, enfrenta a França (segunda do outro grupo) neste sábado, às 15h30m (de Brasília), por uma vaga na decisão de domingo. Na outra semifinal, às 12h30m, jogam Sérvia e Itália. O Sportv transmite.

O Brasil, que já estava classificado, entrou com o time reserva nesta sexta, e venceu os EUA de virada, por 3 sets a 2 (24/26, 21/25, 28/26, 25/21, 15/12). A escalação do time, revelou o técnico Bernardinho, foi estratégica.

— Todos pensariam em poupar os seus (com a classificação assegurada). Ao mesmo tempo, não queríamos ganhar um inimigo na Olimpíada. Se perdêssemos e a Itália ficasse fora das finais, poderia se alimentar disso nos Jogos. A Itália está no nosso grupo e não poderia pensar que não nos esforçamos para vencer esta partida.

A França, do técnico Tillie Laurent, classificou-se também com 3 sets a 2 (25/20, 25/19, 24/26, 19/25 e 15/12), sobre a Sérvia. Rouzier, maior pontuador da partida, com 22 acertos, contou que foi terrível entrar em quadra. Os jogadores mal dormiram na noite anterior por causa do atentado à Nice, esperando notícias dos familiares.

A Tauron Arena se iluminou com a bandeira da França, houve um minuto de silêncio em homenagem às vítimas e os atletas usaram braçadeiras pretas.

— Foi terrível ter de jogar — admitiu Rouzier, cuja família tem medo dos Jogos no Rio. — Minha esposa e filhos não estão satisfeitos com o fato de que vou para a Olimpíada.

Para o jogo de hoje, o técnico brasileiro não vê favorito. Diz ainda que há muita coisa envolvida, referindo-se às feridas francesas após o atentado, e que os adversários podem entrar em quadra mais forte por isso:

— Que brutalidade terrível. O mundo está de cabeça para baixo. Eles estão aqui preocupados, claro. Podem usar isso no sentido de querer lutar por alguma coisa . Mas espero ter o Brasil completo, e que briguemos de igual para igual, sem interferência do que acontece fora. Será um jogo aberto, uma partida que se decide ali (na quadra).

* A repórter viaja a convite da FIVb