Cotidiano

Brasil melhora em índice de luta contra a mudança climática

2015 784857300-2015 784628306-20150122083401512rts.jpg_20150122.jpg_20150123.jpg

RIO – O Brasil melhorou sua posição na luta contra o aquecimento global dentro do chamado ?Climate Change Performance Index? (CCPI), um índice simbólico que este ano analisa as políticas para o meio ambiente de 58 países.

De 2015 para 2016, o país subiu da 42ª para a 40ª posição, de acordo com os autores do relatório, elaborado por um painel de 28 especialistas do clima de todo o planeta. Os analistas verificam as emissões de gases do efeito estufa, as políticas públicas de luta contra o fenômeno, a conversão a energias alternativas e dados do setor privado. Mesmo assim, o país foi enquadrado na categoria de notas ?ruins?. O ponto mais frágil do Brasil, segundo o relatório, está na falta de políticas públicas para conter as emissões.

Na América Latina, a Argentina subiu da posição 46 para 36, enquanto o México registrou queda do 26º para o 28º lugar.

A melhor posição no índice é da França, em quarto lugar, graças a sua liderança para avançar com o Acordo de Paris anunciado há um ano, um compromisso de 196 países para manter a temperatura do planeta, até o fim do século, em um máximo de +2º C na comparação com a era pré-industrial.

Simbolicamente, os três primeiros lugares do CCPI estão vazios porque nenhum país está em condições de alcançar o resultado de +1,5º C, considerado pelos ecologistas como o resultado mais satisfatório para lutar contra o aquecimento do planeta.

Atrás da França aparecem Suécia e Reino Unido.

Na parte inferior da lista se encontram Canadá, Austrália e Japão por suas políticas ambientais ou energéticas.

De acordo com as organizações Germanwatch e Climate Action Network Europe (CAN), que coordenaram o estudo, o mundo assiste “ao avanço das energias renováveis e no campo da eficácia energética”.

“Mas a transição energética é muito lenta e os países perdem oportunidades para entrar decisivamente nesta via”, lamentam os autores.

China e Estados Unidos, que são os dois principais países poluentes do planeta, são “alunos ruins” e ostentam respectivamente as posições 43 e 48.