O Campeonato Mundial de boxe feminino, disputado no Cazaquistão, terminou precocemente para o Brasil. Mas o país conseguiu garantir mais um nome nas Olimpíadas de 2016. Com a vitória da americana Claresa Shields sobre Violleta Knyazeva, do Cazaquistão, nesta terça-feira, a brasileira Andreia Bandeira herdou uma vaga olímpica na categoria até 75 kg.
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Andreia havia sido eliminada do Mundial no domingo, ao perder para Nien-Chin Chen, de Taiwan, em decisão unânime dos juízes, pelas oitavas de final. Como apenas as quatro primeiras conseguiam vaga olímpica, a brasileira ficou sem chance de classificação direta. No entanto, contou com uma ajuda indireta de Shields, que derrotou Knyazeva em decisão unânime nesta terça-feira e avançou à semifinal do Mundial de boxe, esporte que abriu a série “Segredos Olímpicos” feita pelo GLOBO (veja o vídeo abaixo).
A americana, atual campeã mundial na categoria até 75 kg, já havia garantido a vaga olímpica por ter vencido o Pré-Olímpico das Américas, em março. Como também conseguiu classificação à Rio-2016 pelo Mundial, deixou aberta uma vaga continental, que foi herdada por Andreia, terceira colocada no torneio pré-olímpico.
Adriana Araújo, última representante do Brasil ainda viva no Mundial, foi eliminada na segunda-feira. Bronze em Londres-2012, a brasileira foi derrotada nas oitavas de final pela russa Anastasiia Beliakova, em decisão unânime. Adriana, contudo, já tinha classificação garantida na Rio-2016, para a categoria até 60 kg: ela foi indicada pela Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) para a vaga reservada ao país-sede dos Jogos.
A indicação de Adriana Araújo causou polêmica no cenário do boxe feminino. Taynna Cardoso, líder do ranking nacional na categoria até 60 kg, criticou o critério de escolha da CBBoxe e contestou os resultados pouco expressivos de Adriana desde 2014. Cardoso foi dispensada da seleção brasileira em abril, ficou de fora do Mundial de boxe feminino e, com isso, não teve mais chances de brigar pela vaga olímpica.
As representantes do boxe feminino Brasil nos Jogos Olímpicos serão Adriana Araújo e Andreia Bandeira. Graziele Jesus, que lutava pela vaga no Mundial na categoria até 51 kg, foi eliminada na estreia.
