A invencibilidade de sete jogos do Botafogo foi derrubada pela Chapecoense, ontem, na Arena da Ilha. O time de Jair Ventura não soube furar o bloqueio catarinense e perdeu por 2 a 0. A equipe chegou ao terceiro jogo sem marcar, depois de dois empates em 0 a 0 com Coritiba e Flamengo.
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A derrota, no entanto, não ameaça a permanência do alvinegro no quinto lugar, pelo menos até essa rodada. Com 55 pontos, a equipe não pode ser ultrapassada por ninguém. Porém, com o terceiro jogo sem vencer, vem perdendo a vantagem para os concorrentes diretos às vagas na Libertadores. Além disso, o alvinegro enfrenta o líder Palmeiras, no domingo, em São Paulo.
A marcação foi a tônica de todo o primeiro tempo. Isso, no entanto, não quer dizer que não houve chances de gol. O Botafogo teve posse de bola superior ao adversário, mas isso também não quer dizer que as oportunidades, em sua maioria, foram do alvinegro.
A Chapecoense tinha uma proposta de jogo estabelecida. Adiantar a marcação, bloquear as ações do Botafogo e aproveitar a velocidade de seus jogadores para chegar à defesa do alvinegro. E, por vezes, alcançou a área adversária com certa facilidade.
Antes, porém, uma falha da defesa permitiu que Neílton aparecesse na frente do goleiro Danilo, aos 15. O atacante perdeu o ângulo, se atrapalhou e, do nada, Lindoso tentou finalizar, mas chutou a bola em cima do companheiro.
Com dificuldades para se infiltrar na defesa da Chapecoense, o Botafogo viu o adversário aproveitar cada espaço disponível. Aos 24, ficou no quase. Em cobrança de escanteio fechada, Sidão teve de tirar a bola com a ponta dos dedos para não tomar o gol olímpico. No minuto seguinte, Dener cruzou na área, e Kempes se antecipou à zaga, mas, por pouco, não conseguiu colocar a bola no cantinho do goleiro alvinegro.
Poucos minutos depois, Kempes não desperdiçou. Cleber Santana cobrou falta da direita e ele, sozinho, subiu para abrir o placar. O zagueiro Enerson sequer se mexeu.
O gol irritou a torcida, que começou a cobrar o time. Prontamente, o Botafogo repsondeu. Aos 34, Neílton foi derrubado bem próximo da área. Camilo cobrou e a bola explodiu na trave direita do goleiro. Sem encontrar uma brecha, o time buscou surpreender. O zagueiro Carli apareceu como surpresa, foi até a linha de fundo e chutou cruzado, mas zaga tirou pata escanteio.
O Botafogo voltou do intervalo mais ligado. Logo nos primeiros minutos, Danilo teve de defender bola desviada pela zaga após finalização de Rodrigo Pimpão. O atacante também protagonizou outro bom lance de ataque. Ele tabelou com Neílton, que arrancou até a área e chutou cruzado. A bola estourou no peito do goleiro Danilo e foi pela linha de fundo.
A pressão do Botafogo foi aumentando ao passo que a Chapecoense esperava apenas um contra-ataque. Veio aos 19 minutos, em jogada iniciada no campo do adversário, até que Thiaguinho lançou, de três dedos, Sérgio Manoel. Ele correu, escapou dos marcadores e tocou na saída de Sidão para ampliar o placar: 2 a 0.
Ao Botafogo, restava apenas ir para o abafa. O time foi, mas de nada adiantou. Camilo teve outra chance,aos 35. Mas, desta vez, a bola ficou no travessão. A Chapecoense soube segurar mais a bola e garantiu a vitória. Apenas a segunda derrota do alvinegro na Arena da Ilha, mas que deixou os torcedores insatisfeitos o suficiente para vaiar o time ao fim.
BOTAFOGO 0 X 2 CHAPECOENSE
Botafogo: Sidão; Alemão, Carli, Emerson e Victor Luis; Airton, Rodrigo Lindoso, Diogo Barbosa (Gervasio Núñez) e Camilo; Neílton e Pimpão (Vinícius Tanque).
Chapecoense: Danilo; Caramelo, Neto, Thiego e Dener; Mateus Biteco, Sérgio Manoel e Cleber Santana (Arthur Maia); Lucas Gomes, Tiaguinho (Ailton Canela) e Kempes (Bruno Rangel).
Gols: 1T: Kempes aos 32m; 2T: Sérgio Manoel aos 19m.
Juiz: Dewson Fernando (PA)
Cartões amarelos: Victor Luis, Airton e Neto
Público pagante: 9.372 (10.170 presentes)
Renda: R$ 194.850,00
Local: Arena Botafogo (Ilha do Governador).
