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Botafogo de cara nova: quem foi bem na Libertadores e quem ainda precisa encaixar

Em sua estreia na Taça Libertadores, o Botafogo terminou a vitória por 2 a 1 sobre o Colo Colo (CHI), no Estádio Nilton Santos, com sete jogadores que ou chegaram ao clube em 2017 ou não eram titulares recorrentes no ano passado. O resultado poderia ser mais confortável para o jogo da volta, em Santiago, na próxima quarta-feira, se Paredes não tivesse diminuído para os chilenos no início do segundo tempo.

Foi justamente depois do intervalo que o Botafogo teve mais dificuldades. Após a saída de Airton, autor do primeiro gol, lesionado, o time carioca sofreu com a velocidade do ataque chileno e teve dificuldades para encontrar o equilíbrio entre defesa e ataque com tantas novidades no time titular.

Algumas caras novas, como Gatito Fernández e Jonas, confirmaram as expectativas; outras, como Roger e João Paulo, ainda têm um caminho a percorrer para caírem como luvas no time de Jair Ventura.

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QUEM ESTREOU BEM:

Montillo: O meia argentino comandou o meio-campo alvinegro. Embora não tenha conseguido sucesso nas finalizações, mostrou na estreia da Libertadores que segue criativo e competitivo após alguns anos no futebol chinês.

Jair Ventura ainda terá de quebrar a cabeça, contudo, para entender como aproveitar a dupla do argentino com Camilo – que funcionou bem na criação, especialmente no primeiro tempo – sem perder fôlego na marcação.

Gatito Fernández: O goleiro assustou a torcida alvinegra em uma saída atrapalhada do gol aos 30 do segundo tempo, quando o Colo Colo se aproximava perigosamente do empate, mas teve uma atuação segura de modo geral. Aos 44, bem posicionado, defendeu cobrança de falta de paredes na meia-lua.

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Jonas: O lateral-direito, contratado do América-MG, mostrou que a torcida do Botafogo não precisa sentir saudades de Alemão, tampouco ficar ansiosa pelo retorno de Luís Ricardo. Contra o veloz ataque chileno, Jonas mostrou disposição tanto para ajudar na retaguarda quanto para investir no ataque.

QUEM AINDA PRECISA ENCAIXAR:

João Paulo: O dublê de volante e meia, contratado do Santa Cruz, fez sua estreia pelo Botafogo justamente em noite de Libertadores e entrou na fogueira, no intervalo, substituindo o lesionado Airton. O reforço mostrou fôlego, mas praticamente não ocupou a faixa de campo do camisa 5, que ficava mais próxima à zaga.

Como Bruno Silva também não fez examente a função de Airton, o Colo Colo aproveitou os buracos e armou contra-ataques perigosos, além de arrumar faltas e mais faltas na entrada da área. Jair Ventura ainda precisa achar a melhor posição (e o melhor timing) para lançar João Paulo.

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Roger: Teve pouca participação na estreia do Botafogo. Tem menos explosão que Sassá, o antigo centroavante do time titular, que sequer foi relacionado para a estreia na Libertadores. Jair Ventura confia em seu poder de finalização. Por enquanto, ainda não apareceu.

E A GAROTADA?

Marcelo: O jovem zagueiro de 19 anos caiu rapidamente nas graças da torcida. Teve atuação de gente grande, sem se intimidar com o ataque do Colo Colo e a pressão da Libertadores. Ganhou divididas e foi bem nas antecipações. Só mostrou um pouco de afobação, natural pela idade, em lances que poderiam ser capitais – como o cruzamento que cortou com a ajuda do braço aos 45 do segundo tempo, em pênalti ignorado pela arbitragem.

Matheus Fernandes: Prata da casa, o volante de 18 anos foi tirado do banco de reservas quando Jair Ventura percebeu que precisava fechar mais o time. Entrou disposto a cumprir seu papel defensivo e quase não passou do meio-campo.