Economia

Bolsa sobe aos 126 mil pontos e dólar cai com ajuda do exterior

Bolsa sobe aos 126 mil pontos e dólar cai com ajuda do exterior

São Paulo – Tentando recuperar as perdas da última semana, a Bolsa brasileira (B3) fechou com alta de 0,76%, aos 126.003,86 pontos nessa segunda-feira (26). O Ibovespa se reconectou a Nova York, ontem com recorde de fechamento. No câmbio, o dólar teve recuo de 0,70%, cotado a R$ 5,1742.

Os mercados da China tiveram uma segunda difícil, com saída de recursos e queda nos índices de ações, após sinais de endurecimento do governo com relação a empresas de educação e tecnologia. Aqui, o mercado já precifica Selic a 7% no fechamento de 2021, o que, combinado ao fluxo associado a operações de IPO em andamento, como as de TradersClub e Raízen, tende a contribuir para recuperação do real, entre as moedas emergentes mais punidas desde a primeira onda de covid, bem como do Ibovespa, observa analistas do B.Side Investimentos, escritório ligado ao BTG Pactual.

“A semana tem a decisão de política monetária do Federal Reserve [Fed, o banco central americano], na quarta-feira, e, na sexta, o PIB dos Estados Unidos. Aqui, a agenda de balanços tem empresas como Vale, Usiminas e CSN. A depender do que vier, há muito fator para fazer preço na semana, começando por essa correção natural que tivemos hoje”, acrescenta um analista. “A perspectiva ainda é positiva, com sistema hospitalar descomprimido, refletindo o progresso da vacinação, sem que a ameaça de nova onda com variante Delta tenha se consumado até agora.”

Câmbio

Em uma sessão de liquidez reduzida, o dólar chacoalhou pela manhã, mas acabou se firmando em terreno negativo ao longo da tarde e encerrou o pregão em queda, refletindo em grande parte o enfraquecimento global da moeda americana. Operadores também notaram fluxo de entrada para ofertas de ações na B3 e alinhamento de posições diante do aumento das expectativas de uma elevação mais intensa e pronunciada da Selic.

O dólar até ensaiou uma alta nas primeiras horas de negócio e correu até a máxima de R$ 5,3101, na esteira de certa aversão externa ao risco provocada por medidas chinesas de regulação do setor de tecnologia e educação, mas perdeu fôlego assim que a moeda americana começou a ceder em relação ao euro e a divisas emergentes pares do real, como o peso mexicano. Na mínima, a moeda bateu em R$ 5,1527. Em julho, o dólar ainda acumula valorização de 4,04%. O dólar para agosto caiu 0,47%, a R$ 5,1790.