Agronegócio

Boletim agropecuário aponta perdas na cultura da banana

Os dados preliminares da assistência técnica e prefeituras dos Estados do Sul estimam que 90% a 95% dos bananais foram afetados com perdas parciais ou totais

Boletim agropecuário aponta perdas na cultura da banana

Boletim Semanal, elaborado por técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, sobre a situação dos principais produtos agropecuários paranaenses, destaca, nesta sexta-feira (10), as consequências, sobretudo para a fruticultura, dos ciclones extratropicais que atingiram o Estado em dois eventos recentes.

O prejuízo imediato foi observado com a queda de bananais que se recuperavam da debilidade provocada pela estiagem e projetavam uma safra promissora. Os dados preliminares da assistência técnica e prefeituras dos Estados do Sul estimam que 90% a 95% dos bananais foram afetados com perdas parciais ou totais.

CAFÉ E FEIJÃO – Os cafeicultores paranaenses alcançaram 63% de colheita da safra de café. A expectativa é colher, este ano, entre 900 e 980 mil sacas beneficiadas de 60 kg em 36 mil hectares de lavouras adultas. Em razão do clima mais frio e úmido, a maioria dos produtores poderá ter dificuldades na secagem.

A segunda safra do feijão foi atípica, em razão da estiagem que afetou negativamente a produção. A colheita encerrou, mas o levantamento continua e as perdas, até agora, foram de 40% do total, ou cerca de 174 mil toneladas. Do que foi colhido, 90% estão comercializados.

TRIGO E SUÍNOS – No caso do trigo, o boletim aponta previsão de corte de produção em vários países exportadores e consequente elevação nos preços. Para o mercado brasileiro, o fator mais importante será a confirmação de redução de área na Argentina, em razão do tempo seco na época do plantio.

O Paraná está com 97% da área plantada e as atenções se voltam para frentes frias. Nesta semana, as geadas foram fracas e atingiram apenas áreas em desenvolvimento vegetativo, diferentemente de 2019, quando o fenômeno foi mais forte e provocou redução superior a 30% na produção de trigo.

O boletim aponta, ainda, que, no primeiro semestre, foram exportados 66,8 mil quilos de carne suína, volume 22% superior ao mesmo período de 2019. A cadeia exportadora contabilizou 151 milhões de dólares, 35% maior se comparado ao mesmo período do ano passado.

Além desses produtos, os técnicos do Deral analisam também a situação da produção de mandioca, soja, milho, olericultura, pecuária de corte e avicultura de postura.