Agronegócio

Boletim agropecuário analisa recuperação de preços na suinocultura

Documento publicado semanalmente pelo Deral mostra recuperação no preço recebido pelos produtores

Foto: Jonas Oliveira
Foto: Jonas Oliveira

O Boletim Semanal de Conjuntura, elaborado por técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, analisando a situação dos principais produtos agropecuários paranaenses, destaca, nesta sexta-feira (24), a recuperação no preço médio recebido pelos suinocultores do Estado. Confira o boletim completo.

Nesta semana, o quilo fechou em R$ 4,91 ante R$ 4,54 da semana passada, uma alta de 8% no período. Se o comparativo for feito com o preço médio de junho, o aumento é ainda mais significativo, chegando a quase 15%.

Normalmente, o aumento no preço do suíno beneficia, em primeiro lugar, o produtor independente que é responsável por pouco mais de 20% da produção paranaense. Os outros produtores são os integrados à indústria. Eles têm uma relação contratual com uma empresa integradora e a remuneração, em geral, segue outros critérios que não somente o preço praticado no mercado.

O Paraná é o segundo produtor nacional de carne suína, com 842,7 mil toneladas/ano, o que representa aproximadamente 22% da produção brasileira. Normalmente, o maior consumo é observado no segundo semestre. Por isso, a tendência é de ajuste fino entre a oferta e a demanda, equilibrando-se a produção e estabilizando os preços.

QUEIJO E OVOS – Ainda referindo-se a produto da pecuária, o boletim fala do queijo, que, entre os derivados lácteos, teve a maior variação este ano no varejo. Entre maio e junho, o muçarela e o prato, por exemplo, tiveram os preços aumentados em 20%. Também merece citação o parmesão, com reajuste de 10%.

No segmento de ovos, a projeção é de aumento na produção e no consumo interno do produto, passando de 230 para 250 ovos por habitante/ano. A produção deve chegar a 53 bilhões de unidades este ano, com retração na exportação, que pode cair mais de 50% em relação a 2019.

MILHO E HORTIFRÚTI – O boletim traz informações, ainda, da colheita da segunda safra de milho. Nesta semana, atingiu-se a marca de 17% da área plantada, de 2,3 milhões de hectares. A produtividade tem surpreendido, com rendimento acima do esperado, apesar do impacto da seca.

Em relação à fruticultura, o documento analisa a exportação brasileira, que teve crescimento no primeiro semestre. A citricultura, principal atividade frutícola do Paraná, foi a que teve maior aumento em vendas externas pelo Brasil, com acréscimo de 158%.

Na olericultura, o registro é de redução no preço médio de vários produtos, como batata lisa, beterraba, couve-flor e tomate, enquanto outros tiveram elevação, com destaque para chuchu e pepino.

OUTROS PRODUTOS – O boletim também apresenta dados sobre a produção de soja que hoje se estende por todas as regiões do Estado, embora o Sul ainda tenha o maior volume. O trigo, que já está praticamente todo semeado, também é citado.

Com relação à mandioca, o relato é do plantio, que começou em junho no Noroeste. Em outras regiões, o terreno está sendo preparado, para iniciar em agosto. Também há colheita em várias partes do Estado.