Cotidiano

BNDES volta a financiar projetos de empresas da Lava-Jato no exterior

RIO – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou na noite desta terça-feira que voltou a liberar recursos para financiar a exportação de serviços de engenharia por construtoras envolvidas na Lava-Jato. Os desembolsos haviam sido suspensos em maio de 2016. De acordo com a nota do banco, a companhia beneficiada é a construtora Queiroz Galvão, e o projeto em questão é o corredor logístico que liga Puente San Juan I a Goascorán, em Honduras. O valor do contrato é de US$ 145 milhões (66% do projeto, de US$ 220 milhões) e foi retomado em 28 de dezembro. Até agora, o BNDES já desembolsou US$ 57 milhões.

Segundo o banco, a retomada considerou critérios anunciados em outubro passado, como avanço físico da obra e a assinatura de um termo de adequação às normas pelo qual a construtora e o governo de Honduras se comprometem a cumprir a finalidade dos recursos do banco.

De acordo com o BNDES, também são consideradas consultas à Advocacia Geral da União (AGU). Foi uma ação civil pública movida pela AGU contra as construtoras da Lava-Jato que levou o banco a suspender, em maio, US$ 4,7 bilhões em desembolsos de 25 contratos com cinco empreiteiras em nove países.

O banco ressaltou que a operação com a Queiroz Galvão tem garantia do Seguro de Crédito à Exportação e apoio financeiro do Banco Centroamericano de Integração Econômica.