Cotidiano

Bióloga abandona carreira consolidada para se dedicar à culinária

RIO — A chef Reyka Kiyomi Oliveira precisou terminar uma faculdade de Biologia e uma pós-graduação para descobrir que a praia dela era outra: a gastronomia. A mudança se deu em 2009, quando ainda morava em Brasília, onde nasceu, há 33 anos. Ela começou uma nova faculdade e, imediatamente, enfiou-se dentro das cozinhas de restaurantes e hotéis. Em 2013, quando já tinha ascendido de ajudante para chef, largou tudo e foi para a Itália se aperfeiçoar. Estudou seis meses, instalou-se em Maceió na volta e passou por Palmas depois. Há sete meses, chegou ao Rio, “com a cara e a coragem”, cozinhou num hostel em troca da hospedagem e, há dois meses, assumiu a cozinha do Velero, no Hotel Praia Linda, de frente para a Praia do Pepê, na Barra.

— Eu sempre gostei de cozinhar com meus avós e minha mãe. Quando vi que estava insatisfeita com o que fazia, decidi começar na gastronomia — explica.

Reyka garante que o aprendizado com os avós maternos ainda se faz presente em seus pratos. A avó é descendente de italianos, e o avô, de japoneses, o que justifica seu nome. Os dois são mineiros, e ela aproveita as peculiaridades e os temperos do estado vizinho.

— Eu cozinho as minhas origens. Tenho uma pegada brasileira com uma inclinação para Minas Gerais — define Reyka.

Em dois meses, a chef já conseguiu promover mudanças no cardápio do Velero. Introduziu pratos para duas pessoas e acrescentou três novos, calcados em suas experiências e características: a picanha de carne de sol artesanal e as moquecas baiana e de camarão.