Saúde

Beto Preto diz que Paraná deve ter vacina contra Covid-19 entre abril e julho de 2021

Além do repasse das vacinas, a reunião também abordou formas de controle da doença na região de Foz de Iguaçu já que a fronteira entre Brasil e Paraguai foi reaberta após sete meses

Beto Preto diz que Paraná deve ter vacina contra Covid-19 entre abril e julho de 2021

O Paraná deve começar a receber vacinas contra a covid-19 a partir de abril de 2021, segundo o secretário estadual de Saúde Beto Preto. Em entrevista, ele revelou a previsão feita após uma reunião com técnicos do Ministério da Saúde na tarde desta quarta-feira (14).

“Tivemos atualização com as informações vindas do Ministério da Saúde. Temos um panorama de abril a julho de 2021 para começar a receber as primeiras vacinas, seja de qual iniciativa for. O que temos até lá é continuar trabalhando para evitar contágio e diminuir a velocidade de transmissão”, afirmou Beto Preto.

Além do repasse das vacinas, a reunião também abordou formas de controle da doença na região de Foz de Iguaçu já que a fronteira entre Brasil e Paraguai foi reaberta após sete meses.

O secretário da Saúde também avaliou a quarentena restritiva imposta em oito regiões do Paraná no mês de julho. Para Beto Preto, a decisão foi fundamental para o controle da doença no estado.

“Foi um ato cirúrgico. Conseguimos segurar a explosão exponencial de casos. Se não tivéssemos feito isso, nosso patamar não seria de dois mil casos por dia, mas em torno de quatro ou cinco mil. Fatalmente o sistema de Saúde do Paraná teria colapsado”, pontuou.

Segundo o último boletim, o Paraná registra 193.564 casos confirmados e 4.775 mortes por complicações do coronavírus.

PARANÁ FECHOU ACORDOS PARA ESTUDAR VACINAS CONTRA A COVID-19

O governo do Paraná tem R$ 200 milhões destinados para a compra de vacinas. Metade do valor é da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) e a outra parte foi disponibilizada a partir dos cofres da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná).

Até o momento, a administração atual já fechou acordo com o Instituto Gamaleya, de Moscou, para produzir a vacina russa Sputinik e também com o laboratório Sinopharm, da China.

A vacina da Rússia ainda não teve o protocolo de validação enviado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A previsão do governo estadual era que os documentos fossem finalizados até o final de setembro, o que ainda não foi feito.

Até o momento, a vacina com estudos mais avançados é a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac, da China. O governo de São Paulo pretende apresentar resultados na próxima segunda-feira (19) após os testes serem concluídos. Um dos centros de pesquisa da CoronaVac foi o HC (Hospital de Clínicas) de Curitiba, após um acordo de parceria técnico-científica com o Butantan. Na capital paranaense, as primeiras doses da vacina foram aplicadas no dia 7 de agosto.

Fonte: Paraná Portal