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Benfica faz ameaça, e Vasco paga R$ 12 milhões por Eder Luis

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O Vasco anunciou em seu site oficial que gastou R$ 12 milhões para quitar a dívida referente à compra dos direitos econômicos do atacante Eder Luis, ainda em 2010. O clube reproduziu um e-mail do Benfica, a quem devia o dinheiro, no qual o clube português exige o pagamento do valor até o dia 30, sob ameaça de acionar a Fifa. Vasco em 18 de junho

O atacante, em uma transação que também envolveu o volante Fellipe Bastos, que já não pertence mais ao Vasco, custou 2,6 milhões de euros. De acordo com o presidente Eurico Miranda, o valor de R$ 12 milhões inclui também impostos pagos na transação. A contratação ocorreu durante a gestão do ex-presidente Roberto Dinamite.

Confira a nota oficial da presidência atual sobre o episódio:

“O Club de Regatas Vasco da Gama comunica o pagamento ao SL Benfica de 2,625 milhões de euros para encerrar o processo de cobrança pela compra do atacante Éder Luis. Com os impostos incidentes sobre remessas, o valor supera 3 milhões de euros, cerca de R$ 12 milhões.

A antiga direção do clube comprou o atleta junto ao Benfica em 2012 por 3,5 milhões de euros, efetuando apenas o pagamento de uma parcela de 875 mil euros. O pior: emprestou o jogador para o futebol árabe por um valor próximo ao da dívida e não pagou um tostão ao clube português.

Com um processo na Fifa, o Vasco já tinha perdido em todas as instâncias. Agora, o Benfica daria entrada no Tribunal Arbitral do Esporte e isso implicaria na imediata perda de pontos e, mantida a inadimplência, no rebaixamento de divisão. O pagamento teria que ser integral acrescido de multas.

O montante enviado ao Benfica representa um duro baque no programa de investimentos do clube e se soma a série de dívidas que estão sendo pagas desde Dezembro de 2014, quando o Presidente Eurico Miranda assumiu a direção do Vasco: dívidas fiscais, bancárias, com fornecedores, jogadores e clubes. Isso sem falar na degradação patrimonial.

No período foram pagos quase R$ 40 milhões em dívidas bancárias, R$ 14 milhões em impostos vencidos, renegociação da dívida fiscal e mantido o pagamento dos impostos em dia, além de três folhas de salários vencidos e fornecedores diversos. Mais de R$ 100 milhões em atrasados em cerca de um ano e meio. Acordos que evitassem penhoras foram feitos e representam hoje cerca de R$ 3 milhões mensais.

Em relação à compra de direitos econômicos de jogadores, o Vasco já pagou por atletas como Sandro Silva (Málaga), Guiñazu (Libertad), Yotun (Sporting Cristal), além de mecanismos de solidariedade de jogadores como Rômulo, Benitez e Montoya.

O quadro social do Vasco e seus torcedores precisam conhecer o nível de irresponsabilidade com o qual o clube foi conduzido pela antiga administração. Não há paralelo na história do Vasco. E é necessário saber que é preciso devolver à Instituição a capacidade de investimento. Muito já foi feito com a recuperação de boa parte da estrutura de São Januário, o controle da base e o comando no futebol. Mas o Vasco ainda paga o preço da irresponsabilidade. Uma administração eventualmente erra, isso é natural em qualquer lugar, mas o que foi feito no Vasco tem outro nome.”