ROMA – Uma menina de somente 9 meses de idade chegou sozinha à ilha italiana de Lampedusa por barco, após sua mãe morrer no meio da travessia por queimaduras do carburador da embarcação. Segundo o diário ?La Repubblica?, o bebê foi acompanhado por imigrantes malineses até entrar em solo italiano. Lá, foi bem tratada e ficou sob os cuidados de um popular médico que garantiu tratar dela até sua adoção. O assunto virou tema nacional no país. mediterraneo
Sgeundo a imprensa italiana, o bebê foi resgatado pela Guarda Costeira há alguns dias, quando viajava em um bote motorizado com outras 150 pessoas. Assim como sua mãe, outras pessoas sofreram graves queimaduras pelo derramamento do combustível.
Os refugiados resgatados a entregaram para as autoridades após relatarem sua situação, disse o doutor Petro Bartolo, responsável pelo ambulatório de Lampedusa. Segundo ele, a menina foi atendida, alimentada e está em ?perfeito estado de saúde?.
? Ela passou a noite em muito boas mãos e será trasladada para que possa ser adotada ? disse Bartolo, que afirmou ?ter se afeiçoado? a ela e disse que o país todo já está de olho para abrigá-la. ? Pedi que pudesse ser eu a cuidar de seus cuidados para que ela seja adotada. Se eu pudesse, a adotaria.
Bartolo foi protagonista do filme sobre o drama migratório ?Fuocoammare?, de Gianfranco Rosi, vencedor do Leão do Ouro no último Festival de Berlim.
Dezenas de imigrantes podem ter morrido em um novo naufrágio no Mediterrâneo, afirmaram as autoridades italianas nesta quinta-feira. De acordo com a guarda costeira, o número de óbitos pode chegar a 80, e 24 pessoas foram resgatadas. A força naval da União Europeia (UE) citou um número diferente, apontando a possível morte de até 30 migrantes depois que um barco virou na costa da Líbia. Não ficou claro se trata do mesmo incidente.
No dia anterior, a Marinha italiana resgatou mais de 500 pessoas depois que outra embarcação com destino à Europa naufragou na costa da Líbia. Pelo menos cinco pessoas se afogaram no naufrágio.
Desde o início da semana, pelo menos 38 embarcações e mais de 6 mil pessoas foram resgatadas nas águas do Mediterrâneo. Segundo a OIM, 11 mil pessoas foram salvas desde o início do mês na região, e 39 mil desde o início do ano, um número similar ao registrado no mesmo período, no ano passado.
