BRASÍLIA – O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, repetiu nesta quinta-feira que continuará a monitorar os mercados e atuará caso seja necessário. Mesmo com a alta de volatilidade nos mercados financeiros após, ele manteve a participação em um evento no Chile. De acordo com a assessoria de imprensa, ele afirmou que ajudará o mercado ao não colocar mais pressão sobre ele, mas frisou que é importante fazer reformas para diminuir a volatilidade.
?O BC continua monitorando os mercados. Alguma flutuação é normal. Caso seja necessário, o BC irá atuar para manter as condições adequadas nos mercados prometeu o presidente?, segundo a assessoria.
?Vamos continuar ajudando o mercado não colocando mais pressão?.
Ele refere-se à diretriz dada desde que assumiu o comando do BC: zerar o estoque de contratos de swap (um instrumento que funciona como um seguro para a variação do dólar). No entanto, há dois dias, a autoridade monetária suspendeu os leilões.
?A ideia sempre foi reduzir o estoque de swaps apenas quando as condições permitirem. O estoque de swaps está hoje no patamar de US$ 24 bilhões, um patamar confortável que nos permite reduzir apenas quando as condições existirem e a gente desejar?, ressaltou Ilan.
O Banco Central cancelou um leilão de swap cambial de um tipo de contrato específico: o ?swap reverso?. Como o BC estava tentando controlar a queda da moeda americana, eles funcionam como uma compra de dólar no mercado futuro, ou seja, que tentem a aumentar o preço da divisa no mercado interno.
?Essa volatilidade nos mercados dá um senso de que de fato essa janela de oportunidade (o interregno benigno) tem de ser utilizada, como tem sido. Isso dá a sensação de que temos de avançar nas reformas. O espaço ainda existe e temos de trabalhar?, completou Ilan.
O presidente do BC participa do Seminário Novos Desafios na América Latina, promovido pela Universidade do Chile, em Santiago.
