Cotidiano

BC: economia teve queda de 4,34% em 2016

INFOCHPDPICT000056018802BRASÍLIA – A economia brasileira encolheu 4,34% em 2016 nas contas do Banco Central. O Índice de Atividade Econômica da autoridade monetária (IBC-Br), divulgado na manhã desta quinta-feira pela autarquia, mostra que a produção caiu pelo segundo ano seguido. A expectativa dos analistas do mercado financeiro é que os dados oficiais do Produto Interno Bruto (PIB) mostrem uma contração de 3,5%. Esse dado será divulgado apenas no mês que vem.

A projeção dos economistas é baseada nos dados divulgados até agora. A produção industrial, por exemplo, registrou em 2016 o terceiro recuo seguido, com queda de 6,6%, segundo o IBGE. No ano anterior, a queda foi a maior já registrada: 8,3%. Em 2014, a queda ficou em 3%.

Já o comércio brasileiro fechou o ano com queda de 6,2% no volume de vendas. Segundo o IBGE, todas as oito categorias de produtos pesquisadas apresentaram resultados negativos. É o pior desempenho do comércio desde o instituto começou a registar os dados há 16 anos.

Também em retrocesso, o setor de serviços encolheu 5% no ano passadp. É o pior resultado desde o início da Pesquisa Mensal de Serviços, em 2012, feita pelo IBGE. É ainda é o segundo ano seguido de retração.

IBC-Br

O IBC-Br foi criado pelo BC para ser uma referência do comportamento da atividade econômica que sirva para orientar a política de controle da inflação pelo Comitê de Política Monetária (Copom), uma vez que o dado oficial do Produto Interno Bruto (PIB) é divulgado pelo IBGE com defasagem em torno de três meses. Tanto o IBC-Br quanto o PIB são indicadores que medem a atividade econômica, mas têm diferenças na metodologia.

O indicador do BC leva em conta trajetória de variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (indústria, agropecuária e serviços).

Já o PIB é calculado pelo IBGE a partir da soma dos bens e serviços produzidos na economia. Pelo lado da produção, considera-se a agropecuária, a indústria, os serviços, além dos impostos. Já pelo lado da demanda, são computados dados do consumo das famílias, consumo do governo e investimentos, além de exportações e importações.