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Banho de frutas: gostoso e que faz bem

Um banho demorado depois de um dia cheio pode ser o remédio necessário para descansar e repor as energias. E que tal adicionar a isso produtos naturais? Uma pequena empresa em Quatro Pontes viu nisso a possibilidade de empreender e inovar.

Da natureza tropical, os frutos e as flores são a matéria-prima e a inspiração para produtos de higiene. O processo é sustentável e utiliza recursos nativos da região oeste.

A empresa nasceu das pesquisas de um casal de químicos que buscavam uma fórmula de sabonete com base de glicerina que pudesse ser altamente hidratante e que não provocasse desgaste às camadas protetoras da pele.

Ricardo Mercadante, pós-doutor em química, e Lucilaine Assumpção, além de química estudou os processos de produção, criaram uma linha à base de frutas tropicais, com sabonetes, sais de banho e cremes que encantam não apenas pelo cheiro inconfundível, mas também pelo formato caprichosamente feito para “copiar” sua origem.

Além da profissão, o casal sempre observou a natureza de uma forma muito sensível. Cada fruta selecionada foi virando um produto na linha que aos poucos se tornou uma verdadeira quitanda, com todas as aprovações dos órgãos sanitários responsáveis, tanto para a produção quanto para a venda.

O casal reside em Toledo mas, como não conseguiu o incentivo necessário para montar a indústria na cidade, decidiu percorrer a região e encontrou amparo em um pequeno parque industrial na cidade de Quatro Pontes, local em que produz, embala e armazena os produtos.

Fatalidade e recomeço

A história do casal empreendedor foi marcada por um momento de profunda tensão. Um câncer agressivo e resistente a todos os tratamentos tirou a vida de Ricardo Mercadante em 2016.

Apesar da dor e do luto, Lucilaine decidiu manter o sonho dos dois agora com um propósito maior: “Quando pensamos os produtos, imaginamos que eles seriam um carinho na pele das pessoas e que se tornam presentes delicados e acessíveis para levar mais amor e conforto. Deus é tão perfeito na criação da natureza que nos reservamos apenas à reprodução desses presentes que ele nos deixou”.