Esportes

Bandeirada: Quinze fatos marcantes do Dakar 2021

Muita coisa acontece nos bastidores de uma corrida realizada durante 12 dias no deserto

Bandeirada: Quinze fatos marcantes do Dakar 2021

Muita coisa acontece nos bastidores de uma corrida realizada durante 12 dias no deserto e com quase 8 mil km. Fatos curiosos, novas tecnologias, dramas e recordes. Foi assim a 43ª edição do Rali Dakar, que começou no dia 3 de janeiro e terminou na última sexta-feira (15), na Arábia Saudita.

Confira alguns desses fatos:

 

  • Frustração na largada

A organização da prova anunciou participação de 321 veículos, mas 35 deles (11%) não passaram na inspeção técnica em Jedá, local da largada. Assim, o grid contou com 286 veículos: 61 UTVs e protótipos leves, 64 carros, 101 motos, 16 quadriciclos e 44 caminhões.

 

  • O cerco da covid

Depois de a prova ter sua realização ameaçada pela pandemia, a organização do Dakar montou um rígido protocolo sanitário, que incluía dois testes e uma quarentena antes de o participante poder entrar na “bolha” da competição. Ao todo, foram realizados mais de 2.400 testes do tipo RT-PCR. O espanhol Dani Oliveira, navegador do bicampeão do Dakar Nani Roma (2004 e 2014), foi afastado por causa da covid-19.

 

  • Vitória feminina

Cristina Gutierrez, 29 anos, fez história ao vencer uma das 12 etapas do Dakar na categoria protótipos, tornando-se a primeira mulher em 16 anos a alcançar a façanha – registrada pela última vez em 2005 pela alemã Jutta Kleinschmidt.

 

  • Um olhar para o futuro

Durante o evento, o Dakar anunciou que, em 2026, todas as principais equipes deverão utilizar veículos com motor a hidrogênio. Em 2030, 100% do grid contará com essa tecnologia menos nociva ao meio ambiente.

 

  • Em três continentes

Trinta anos após sua primeira vitória em uma moto, o francês Stéphane Peterhansel adicionou mais uma conquista, garantindo o 14º título do Dakar – seu oitavo a bordo de um carro. Peterhansel é o único piloto a ter vencido nos três continentes onde o Dakar competiu: África, América do Sul e agora na Ásia.

 

  • Baixas ao longo do caminho

Dos 286 veículos que largaram no dia 3 de janeiro, apenas 193 (67%) haviam “sobrevivido” aos 7.646km percorridos em 12 dias. Eram eles, 41 UTVs e protótipos (largaram 61), 49 carros (64), 63 motos (101), 11 quadriciclos (16) e 29 caminhões (44).

 

  • A pé no deserto

Fato inédito na história, depois de uma discussão durante o percurso do 11º dia, o navegador espanhol Xavier Blanco abandonou em pleno deserto o UTV pilotado por seu compatriota Ricardo Ramilo – que prosseguiu na corrida. Blanco foi mais tarde resgatado pela equipe.

 

  • Duas décadas de Dakar

Campeão de 2018 na categoria UTVs, o brasileiro Reinaldo Varela comemorou em 2021 os 20 anos de sua estreia na prova. Considerado referência, Varela é o único piloto brasileiro contratado por um time de fábrica, a South Racing, que fornece o esquema técnico para a canadense Can-Am.

 

  • Recorde precoce

Ao terminar em primeiro na categoria protótipos no segundo dia, o norte-americano Seth Quintero, 18 anos, surpreendeu o Dakar ao se tornar o mais jovem vencedor de uma especial nos 43 anos de história da prova.

 

  • Brasileiros I

Novamente os brasileiros foram protagonistas na categoria UTV. Reinaldo Varela/Maykel Justo lideraram seis das 12 especiais. Em cinco delas, a vitória escapou, mas eles finalizaram o Dakar vencendo a especial do último dia. Navegador do americano Austin Jones, o catarinense Gustavo Gugelmin ficou com o vice-campeonato da edição 2021.

 

  • Brasileiros II

Na categoria Carros, o Brasil chegou em 17º lugar com o Mini All4 Racing da dupla Guilherme Spinelli e Youssef Haddad. Com um Century Racing CR6, Marcelo Gastaldi e Lourival Roldan completaram a corrida na 29ª posição.

 

  • Tecnologia

O Dakar viu em 2021 a estreia da planilha eletrônica: um tablet colocado no painel que aposentou o caderno de notas dos navegadores. Outra novidade foi o sistema de sinais sonoros nos veículos, comandado por GPS, para avisar pilotos e navegadores de perigos iminentes. A edição 2021 foi o rali mais conectado da história. Além da invasão das mídias sociais, boa parte de suas informações abasteceu o mundo via WhatsApp.

 

  • Adeus a uma lenda

Durante o 7º dia de corrida, o Dakar foi abatido pela notícia da morte de uma de suas maiores e mais queridas lendas. O francês Hubert Auriol, 68 anos, primeiro piloto a vencer tanto nas motos (1981 e 1983) quanto nos carros (1992), faleceu vítima de um ataque cardíaco em Paris, enquanto também lutava contra a covid-19.

 

  • Domínio total

Como nas três últimas edições, a canadense Can-Am dominou a categoria UTV. Em 2021, venceu e liderou todos os dias com duplas variadas. A dupla brasileira Leandro Torres e Lourival Roldan é responsável pela única derrota da Can-Am na categoria, em 2017, competindo pela americana Polaris. Em 2021, o título ficou com os chilenos Francisco Lopez Contardo/Juan Pablo Latrach Vinagre.

 

  • O Rali da Morte

Na sexta-feira (15), último dia de prova, a caravana do Dakar recebeu a notícia do falecimento do piloto francês de moto Pierre Cherpin, 52 anos. Em sua quarta participação na corrida, Cherpin se acidentou na sétima etapa e não resistiu ao ser transferido para um hospital em Paris. Ao longo de sua história o Dakar registrou o falecimento de 31 competidores, além de outras 45 vítimas entre membros de equipes e moradores locais. Por isso, a prova recebeu a alcunha de Rali da Morte.

 


Lucas Kohl segue com a KTF

Nos bastidores do automobilismo brasileiro, as atividades estão a todo vapor para a temporada de 2021. Se nos autódromos o ronco dos motores ainda não começou, nos escritórios e nas sedes das equipes as reuniões de planejamento e revisões dos carros seguem em ritmo acelerado. Após ter feito a sua volta às pistas do Brasil depois de quatro anos nos Estados Unidos, o gaúcho Lucas Kohl, de 22 anos, foi um dos destaques da temporada 2020 da Stock Light. Ele segue na KTF Sports com a expectativa de brigar pelo título.

 

Crédito: Divulgação