Cotidiano

Bancos voltam à normalidade nesta segunda-feira; Caixa abre mais cedo

RIO – As agências da Caixa abrirão uma hora mais cedo nesta segunda e terça-feira. Na sexta-feira, um dia depois de votarem pela continuidade da greve, os trabalhadores do banco estatal decidiram por encerrar a mobilização.

De acordo com nota divulgada pela Caixa, a antecipação da abertura ?deve agilizar o atendimento nas unidades do banco, que terão todos os serviços disponíveis?. O banco explicou, portanto, que nas cidades em que o atendimento começa às 10h, os clientes serão atendidos a partir das 9h; nas cidades em que ocorre às 11h, a abertura será às 10h.

A greve dos bancários das instituições privadas e do Banco do Brasil acabou na quinta-feira, quando completou 31 dias, em todo o país. Com o fim da paralisação, as agências devem retomar os trabalhos imediatamente, com número de atendentes compatível com a demanda. Cientes de que haverá maior vulnerabilidade dos clientes, os bancos devem oferecer a segurança devida, para evitar furtos e roubos, segundo o diretor do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (Brasilcon), Flávio Caetano de Paula.

O diretor do Brasilcon destaca que para pagamentos que o consumidor está habituado a fazer por sistemas on-line, os prazos não precisam ser ampliados devido á greve. Exceto se houve alguma alteração e ele não conseguiu fazer o pagamento.

Já o cliente que utiliza o banco para pagamento presencial, como não foi ele o responsável pelo atraso, mas sim o banco, devido à greve, o cliente deve ter a chance de pagar sem juros, multa ou encargos. Caetano de Paula explica que os bancos é que respondem pelos ônus decorrentes. É o risco do negócio, que não pode ser transferido ao consumidor.

No entanto, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), apenas os credores (concessionárias de serviços públicos, prefeituras etc) podem fazer quaisquer tipos de concessão em relação à dilatação de prazos ou incidência de encargos. Os bancos, na condição de prestadores de serviços, não têm tal prerrogativa. O consumidor deve procurar seu credor caso seja necessário.

Para quem não tem operações urgentes a realizar pessoalmente nas agências, a recomendação da Febraban é, se possível, aguardar os primeiros dias após a retomada do atendimento. Nos primeiros dias após a greve, a sugestão é que se encaminhem às agências aqueles clientes que precisam fazer operações emergenciais que não puderam ser realizadas por meios eletrônicos, como pagamentos de contas já vencidas ou saque de salários ou benefícios.

Em muitos municípios, há lei que determina que o tempo de espera na fila do banco não pode ser maior do que 15 minutos. Em casos especiais, no entanto, há possibilidade de alteração desse prazo. Normalmente, passa para 30 minutos, mas quem define isso são leis municipais que podem variar de uma cidade para outra.

Mas como a instituição bancária sabe que a demanda será maior com o fim da greve, deve disponibilizar pessoal em número apto a atender no prazo legal e com a máxima eficiência, diz o especialista do Brasilcon. Em caso de não respeito pelos bancos, o consumidor deve denunciar no Procon.