Cotidiano

Bancos melhoram proposta de reajuste salarial para tentar encerrar greve

SÃO PAULO ? No quarto dia de greve dos bancários, as instituições financeiras melhoraram a proposta de reajuste salarial aos trabalhadores para 7% mais abono de R$ 3,3 mil. A proposta anterior era de reajuste de 6,5% e abono de R$ 3 mil. A reunião entre os sindicalistas e os bancos continua ocorrendo na sede da Fenaban, federação dos bancos, em São Paulo. O Comando Nacional dos Bancários decidirá se rejeita a proposta já na mesa de negociação ou se leva às assembleias que ocorrerão na segunda-feira nos sindicatos.

Em 2015, a greve durou 21 dias e a primeira melhoria de proposta dos bancos ocorreu só no 13º dia de paralisação.

?O valor fixado para o abono está 10% acima da proposta inicial apresentada no dia 29 de agosto e, somado ao reajuste no salário, superior à inflação prevista para os próximos doze meses, representa um ganho expressivo para a maioria dos bancários?, disse a Fenaban, em nota.

Mesmo com a melhoria, porém, a proposta é bem inferior aos 14,78% pleiteados pela categoria, que salienta que o número representa ?5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação?.

Os bancários pedem também participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.

Os trabalhadores entregaram a pauta de reivindicações no dia 9 de agosto. A data-base da categoria é 1º de setembro e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) tem validade nacional. Em todo o país, a categoria soma cerca de 512 mil pessoas.