Cotidiano

Banco da Inglaterra diz que tomará medidas para garantir estabilidade

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LONDRES – O Banco da Inglaterra (Bank of England, BOE) afirmou nesta sexta-feira que tomará todas as medidas necessárias para garantir a estabilidade monetária e financeira após o Reino Unido optar pela saída da União Europeia no referendo realizado na quinta-feira. Os contratos futuros de ações nas bolsas europeias recuaram devido à decisão popular.

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Os contratos futuros do índice FTSE 100, de Londres, chegaram a cair em 8,2%. Já no índice de referência EuroStoxx a queda alcançou 11,5% e os índices CAC, na França, e DAX, na Alemanha, recuavam 10,4% e 9,6%, respectivamente.

?O Banco da Inglaterra está monitorando de perto os desenvolvimentos?, disse a entidade em um comunicado. ?O banco assumiu um abrangente plano de contingência e está trabalhando de perto com o Tesouro, outras autoridades domésticas e bancos centrais estrangeiros?.

O braço supervisor do BOE está em contato com bancos líderes do mercado, indicou uma fonte próxima à questão.

?A Autoridade de Regulamentação Prudencial do Banco da Inglaterra está em contato com bancos?, disse o informante.

O presidente do Banco Central do Japão, Haruhiko Kuroda, e ministro japonês das Finanças, Taro Aso, afirmaram que os bancos centrais das seis maiores nações desenvolvidas tem linhas de swap cambial prontas para serem injetadas no mercado a fim de gerar liquidez. Essas linhas, entre as atuarquidas do Japão, Estados Unidos, zona do euro, Reino Unido, Suíça e Canadá, foram estabelecidas durante a crise financeira global e tornaram-se permanentes em 2013.

O BOE havia declarado anteriormente que a decisão de deixar a UE poderia levar que perdas materias na economia britânica e pressionar a inflação devido à expectativa de queda no valor da libra esterlina. Durante a apuração dos votos do referendo, a moeda britânica chegou a recuar 12%, atingindo o menor nível em 31 anos frente ao dólar US$ 1,329.

A queda superior a 10% da libra esterlina coloca a divisa a caminho do pior desempenho diário e é comparada ao recuo de 4,1% registrada na “Black Wednesday em 1992, quando o governo chegou a suspender a negociação da moeda.

Segundo o jornal inglês “The Guardian”, operadores de mercado em Londres esperavam uma queda de ao menos 7,5% no índice FTSE 100, recuo de 480 pontos na abertura da sessão. No fechamento do mercado na quinta-feira, o índice caiu 2,01%, a seu menor patamar em pontos desde o fim de fevereiro, quando o primeiro-ministro inglês, David Cameron, anunciou a data do referendo. O banco Morgan Stanley espera uma queda entre 15% e 20% nos títulos europeus.