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Avião com Rafael Henzel e Alan Ruschel chega a Chapecó

HENZEL.jpgMais dois sobreviventes da tragédia da Chapecoense chegaram na noite desta terça-feira ao Brasil. Quase 24 horas após o goleiro Jackson Follmann voltar ao país, para tratamento em São Paulo, o avião com o jornalista Rafael Henzel e o lateral Alan Ruschel aterrisou em Chapecó, às 21h33m desta terça-feira. O filho e a mãe de Rafael foram os primeiros a entrar no avião, ainda na pista do aeroporto. Chapecoense – 13.12

Tânia Valmorbida viajou 65 quilômetros, da cidade de Itá a Chapecó para receber o sobrinho Henzel. Chegou ao aeroporto da cidade ainda no final da tarde e não consegui conter a alegria.

– Hoje é um dia abençoado para a nossa família. Só temos a agradecer. Agradecer ao povo colombiano, agradecer ao meu filho (Roger), que ficou lá com o primo, e agradecer ao povo brasileiro – disse a tia do jornalista.

A chuva forte que caia na cidade no início da noite e um chamado da Assocaição Chapecoense de Futebol na redes sociais – a fim de evitar aglomeração de pessoas no aeroporto – fizeram com que poucos torcedores fossem ao aeroporto da cidade esperar os dois sobreviventes do acidente que deixou 71 mortos. Mesmo assim, alguns fizeram questão de ir ao local.

– Não podia perder. Estou triste pela tragédia mas feliz que o Alan e o rafael conseguiram voltar para casa. Vamos esperar eles pisarem em solo chapecoense para comemorar com eles – disse.

FOLLMANN É OPERADO
Follmann está internado no Hospital Albert Einstein, onde passou por cirurgia para fixação da segunda vértebra cervical da coluna. Segundo o boletim médico do hospital, a correção cirúrgica da fratura do processo odontóide (fixação da segunda vértebra cervical) teve duração de 1h30 e terminou às 18h sem intercorrência. O procedimento foi conduzido pelo neurocirurgião Jorge Roberto Pagura e pelo ortopedista Alexandre Sadao Iutaka, com acompanhamento de Marcos André Sonagli, ortopedista da Chapecoense.

A técnica utilizada foi a fixação por via anterior (pela frente) do processo odontóide de correção da luxação das vértebras cervicais 1 e 2. A cirurgia foi realizada numa sala híbrida, especialmente equipada para utilização de recursos tecnológicos, com a utilização de tomografia computadorizada intraoperatória, que serviu para a visualização, em tempo real, da colocação de um parafuso fixador. Foi utilizada também monitorização neurofisiológica, que permitiu o conhecimento das condições funcionais da medula durante procedimento.