Política

Autorizados 4 consórcios a fazerem estudo sobre ferrovia

Curitiba – Foram divulgados ontem os nomes dos quatro consórcios nacionais e internacionais que farão os estudos de engenharia para implantação da nova ferrovia, com quase mil quilômetros, que ligará Dourados (MS) ao complexo portuário do litoral do Paraná, passando pela base da Ferroeste em Cascavel. Os consórcios enviaram as propostas dentro do prazo encerrado no fim de janeiro. Elas foram avaliadas pelo governo do Estado, que selecionou os autorizados a realizar o estudo.

São eles o consórcio HaB, constituído pelas empresas Bureau da Engenharia ECT Ltda, Hendal e Advice Concultoria e Serviços; o consórcio SSSE, formado pela empresa espanhola Sener Ingeneria e pelas nacionais Sener Setepla e Engefoto; o consórcio Egis-Esteio-Copel, do qual fazem parte a empresa francesa Egis Engenharia e Consultoria Ltda e pelas nacionais Esteio Engenharia e Aerolevantamentos S.A e Copel, e o consórcio formado por Sistemas de Transportes Sustentáveis – STS, Pullin e Campano Consultores Associados e Navarro Prado Advogados, pela consultoria Millennia Systems, dos Estados Unidos, e pela EnVia Technologies International.

Objetivo

A nova ferrovia deve reduzir custos logísticos e agilizar o transporte da lavoura até o porto. Hoje, apenas 20% da mercadoria que chega ao Porto de Paranaguá é transportada por via férrea. Além da Secretaria do Planejamento, fazem parte do Grupo Técnico Setorial que analisou as propostas do PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) as Secretarias de Estado da Infraestrutura e Logística, a Ferroeste e a Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina).

Concorrência

O Procedimento de Manifestação de Interesse para a execução do projeto foi lançado no fim de novembro. Dezoito empresas compostas em seis consórcios nacionais e internacionais mostraram interesse na elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental. O valor aproximado do estudo é de R$ 25 milhões e o custo estimado de construção da ferrovia é de R$ 10 bilhões.

Cronograma

Na primeira fase, as empresas autorizadas vão elaborar os estudos de viabilidades técnica, econômica e ambiental da ferrovia. A partir da conclusão desses trabalhos, com prazo estimado em 270 dias, o governo abrirá processo licitatório para construção e concessão da linha.

A obra está dividida em dois trechos. O primeiro tem 400 quilômetros e liga o litoral do Paraná a Guarapuava. O segundo, com aproximadamente 600 quilômetros, vai de Guarapuava até Dourados (MS), passando por Guaíra, e conta com a implantação de 350 quilômetros de linha nova, além da reabilitação do trecho já existente entre Guarapuava e Cascavel (Ferroeste).