Cotidiano

Ato em Copacabana usa roupas sujas de 'sangue' contra violência sexual

201605281249325128.jpgRIO – Em frente ao Copacabana Palace, entre os que passeiam pelo calçadão, uma intervenção choca e atrai olhares atentos. Um varal com 33 peças de roupas femininas manchadas de “sangue” fincado na areia repudia a violência sexual contra a mulher e o estupro coletivo da adolescente de 16 anos, violentada por mais de 30 homens em uma comunidade da Praça Seca. A iniciativa é da Ong “Somos todos vítimas”, da Comunidade Evangélica Marca de Cristo, na Penha.

O líder da ong, Leonardo Apicelo, conta que a instituição é um movimento de direitos humanos, que lida principalmente com a recuperação de dependentes químicos. A questão da violência contra a mulher, entretanto, é recorrente nos locais que atuam:

? Por trabalhar com pessoas carentes, em risco social, nós já observamos essa realidade no dia a dia. Aquilo que as pesquisas dizem, nós percebemos no cotidiano. Quando surge um caso como o dessa adolescente, é a chance de gritarmos e fazermos com que essa situação venha à tona, porque, na maioria das vezes, fica debaixo do tapete da hipocrisia.

Além do varal, os ativistas fizeram frases em cartolinas como “A culpa é da vítima?” e ” Por amor, não me estupre”. Eles também distribuíram rosas para mulheres do local junto com a pergunta “Mulher merece o que?”.