Esportes

Atletismo da Rússia segue banido por doping e fica barrado da Rio-2016

A atleta Russa está fora da Olimpíadas rio 2016

O atletismo da Rússia continua suspenso de competições internacionais e tem grandes chances de ficar fora da Olimpíada de 2016. Em reunião nesta sexta-feira, em Viena, o conselho da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) decidiu manter a suspensão, iniciada em novembro, por conta do esquema de doping no país. A informação foi antecipada pela “Sky Sports” e depois confirmada pela Federação de Atletismo da Rússia.

A decisão da IAAF será oficializada em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira. Com a continuidade da suspensão à Rússia, o atletismo do país fica com poucas chances de participar dos Jogos do Rio. O Comitê Olímpico Internacional (COI) ainda pode conceder uma autorização especial para que atletas russos que não foram flagrados em exames antidoping estejam na Olimpíada.

No entanto, um dirigente de alto escalão da entidade sinalizou nesta sexta que isso seria improvável. Em declarações dadas à BBC, o vice-presidente do COI John Coates classificou o sistema de controle de dopagem da Rússia como “podre até a raiz” e afirmou que o país deveria seguir banido do atletismo na Rio-2016.

Mais cedo, o presidente da Rússia Vladimir Putin havia garantido que o Estado russo não havia patrocinado um esquema de dopagem no atletismo do país. Putin pedia que a IAAF não sustentasse uma “suspensão coletiva” aos atletas russos.

– Estamos categoricamente em combate ao doping. Não pode haver responsabilidade coletiva para todos os esportistas. Uma equipe inteira não pode carregar a responsabilidade da violação de uma única pessoa – afirmou Putin.

Os atletas da Rússia estão impedidos de participar de torneios desde novembro, quando veio à tona um esquema de doping sistemático coordenado por dirigentes e treinadores. Caso a suspensão não seja encerrada, atletas como Yelena Isinbayeva, bicampeã olímpica no salto com vara, podem se ver impedidos de disputar a Rio-2016.

Em relatório divulgado na quarta-feira, a Wada acusou agentes do serviço secreto russo de tentarem obstruir o trabalho de fiscais enviados para coletar amostras de atletas olímpicos. Muitos agentes da Wada foram ameaçados de deportação, segundo a entidade.