Disputando a Libertadores pela primeira vez em seus 114 anos de história, o Atlético Tucumán conseguiu uma histórica classificação na noite desta terça-feira ao derrotar o El Nacional, em Quito, por 1 a 0. Apenas o placar, porém, não dá a dimensão do triunfo dos argentinos.
O Atlético Tucumán viveu um drama para chegar até Quito. A partida começou com 1h30m de atraso, e o clube precisou usar uniformes e chuteiras emprestadas da equipe sub-20 da Argentina, que disputa o campeonato sul-americano no Equador.
– A verdade é que foi descarado o que nos fizeram. Pararam o avião na pista por duas horas. Entramos em campo sem fazer aquecimento. Aí está, Deus é justo. Festejem com os jogadores – disse Pablo Lavallén, técnico do Atlético Tucumán.
Por problemas na documentação, o avião fretado pelo clube, que faria o trecho Guayaquil-Quito, não pode decolar. Apenas duas horas depois os 19 jogadores e seis membros da comissão técnica conseguiram embarcar em outro voo, sem o material de jogo do time.
Em Quito, os jogadores do El Nacional esperavam pelos adversários. O regulamento da Libertadores prevê uma tolerância de 45 minutos, mas o clube equatoriano aceitou prolongar o tempo até a chegada dos argentinos. Agora, porém, o El Nacional deve fazer uma queixa à Conmebol.
Com a bola rolando e usando camisas da seleção argentina – o Atlético Tucumán possui as mesmas cores azul e branco em seu uniforme -, o clube argentino deixou para trás os problemas e conseguiu vencer por 1 a 0, gol de Zampedri aos 18 minutos do primeiro tempo. A partida de ida, em Tucumán, havia terminado empatada em 2 a 2. O Junior Barranquilla, da Colômbia, será o próximo adversário do Atlético Tucumán.
