Saúde

Atividade econômica: Regionais atingidas por quarentena estavam perto do nível pré-pandemia

Atividade econômica: Regionais atingidas por quarentena estavam perto do nível pré-pandemia

Cascavel – Surpreendidas pelo decreto estadual determinando quarentena rigorosa de 14 dias na última terça-feira (30), as regionais atingidas pela medida vinham em um ritmo crescente e a atividade econômica se aproximava do nível pré-pandemia.

Segundo a Receita Estadual, no fim de março até o começo de abril, no início das restrições de circulação, 45 mil estabelecimentos fecharam. A expectativa agora é de impacto similar nessas próximas semanas, devido ao decreto que restringe as atividades econômicas em 134 municípios paranaenses.

Atingida pelo decreto, a região oeste trazia números mais animadores. Em Cascavel, por exemplo, 95% dos estabelecimentos estavam abertos no período de 22 a 26 de junho, o segundo maior índice desde a terceira semana de março; o melhor índice é da última semana de maio, quando atingiu 96%.

Movida pelo turismo, um dos segmentos mais atingidos pela falta de circulação das pessoas, Foz do Iguaçu vem em um ritmo mais brando, mas já atingia 86% na semana passada, um pouco a menos que na semana anterior (88%), também o segundo maior percentual desde o início de março.

Mais acelerada, Toledo chegou a 97% das empresas em atividade na semana de 15 a 19 de junho, mas, devido a restrições municipais, parte das empresas ficou de portas fechadas de 22 a 26 de junho, reduzindo para 82% a taxa de estabelecimentos abertos. Já as outras regionais atingidas pelo decreto estadual estavam assim: 89% na Região Metropolitana de Curitiba e 93% em Cianorte, Londrina e Cornélio Procópio. A média paranaense era de 94%.

Segundo a Receita Estadual, em todo o Estado ainda estão fechados 4,1 mil estabelecimentos do Simples Nacional, 10,8% do total de 37,7 mil, e 1,5 mil do Regime Normal, 23,8% das 6,3 mil empresas.

Maioria das empresas perdeu faturamento na pandemia

Cerca de 65% das empresas instaladas no Paraná registraram queda no faturamento em abril e maio de 2020, no comparativo com o mesmo período do ano passado.

A queda nas vendas foi de 68% em abril e 59% em maio, com a retomada mais vigorosa de algumas atividades naquele instante. Nos dois meses, entretanto, alguns estabelecimentos registraram crescimento nas vendas: 29% em abril e 37% em maio, principalmente ligados a alguns setores como supermercados, linha branca e móveis.

Um dos setores mais afetados pela pandemia foi o de restaurantes, com perdas superiores a 50% no fluxo financeiro, mas em alguns casos a queda ultrapassou 80%.

Reação

A emissão de notas fiscais subiu entre 1º e 28 de junho na comparação com maio. Foi o melhor período desde o começo da crise. O comércio atacadista opera em 76,7% do nível pré-pandemia, enquanto comércio varejista, indústria de alimentos e demais atividades manufatureiras vêm registrando patamares de 85,3%, 93% e 88,1% respectivamente.

Na Macrorregional Oeste (Cascavel e Pato Branco), comércio varejista, indústria de alimentos e indústria geral operam entre 84% e 95,8%, enquanto a atividade no comércio atacadista acumula quedas e se aproxima de 70% da capacidade.

PIB de -6,5%

O boletim ainda traz uma projeção do PIB (Produto Interno Bruto) do País em 2020, com base nos dados divulgados pelo Banco Central. A expectativa mais recente é de queda de pelo menos 6,5% no acumulado dos quatro trimestres, manutenção da recessão em 2021 (-1,2%) e crescimento a partir de 2022 (3,5%).