Cotidiano

Atirador invade treino de beisebol e fere líder republicano na Virgínia, nos EUA

Um atirador invadiu um treino de beisebol do time do Congresso americano nesta quarta-feira (14) e feriu o líder republicano Steve Scalise e outras quatro pessoas, em Alexandria, na Virgínia (Estados Unidos). A Polícia Federal americana (FBI) assumiu a investigação.

O presidente americano, Donald Trump, informou que o atirador morreu. O suspeito foi identificado por autoridades americanas como James T. Hodgkinson, natural de Belleville (Illinois). Ele foi atingido na troca de tiros com policiais. Para o FBI, ainda é cedo dizer que Scalise, deputado de Louisiana, era o alvo do ataque.

Scalise, que é líder do Partido Republicano na Câmara, passou por uma cirurgia e está em estado crítico. O serviço médico transportou cinco pessoas até o hospital, mas as vítimas não foram identificadas. Dois dos feridos são policiais e também não correm risco de morrer.

A CNN, citando o senador Jeff Flake, afirmou que o lobista Matt Mika está entre os feridos, mas a informação não foi confirmada oficialmente.

Entre 15 e 25 congressistas estavam no local no momento do incidente, acompanhados por assessores e seguranças. O deputado republicano Mo Brooks, do Estado de Alabama, afirmou que, com os disparos, as pessoas correram.

"Um dos nossos guarda-costas atirou de volta, mas era a nossa pistola contra o fuzil do agressor. A única arma que eu tinha era um taco de beisebol", disse Brooks, que ajudou a fazer um torniquete com seu cinto em um membro da equipe dos parlamentares atingido na perna.

Mo Brooks, que viu o suspeito rapidamente, afirmou à CNN que ele parece ser um homem branco, "um pouco gordinho".

O senador republicano Jeff Flake disse à televisão local ABC-TV que o agressor também levou um tiro.

O time de beisebol do Congresso treinava para um jogo beneficente marcado para a noite de quinta-feira (15).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou estar “profundamente triste” com o incidente envolvendo seus colegas de partido e disse que acompanha de perto o incidente."Um verdadeiro amigo e patriota, foi gravemente ferido, mas vai se recuperar completamente. Nossos pensamentos e oraçãoes estão com ele", afirmou no Twitter.

Área onde líder republicano foi alvejado na Virgínia, nos EUA, é isolada

Hodgkinson tinha 66 anos e era militante de esquerda. Segundo informações da Reuters, ele atacava com frequência o presidente americano, Donald Trump, nas redes sociais, e idolatrava Bernie Sanders, o único político que entendia a classe trabalhadora, segundo sua visão.

De acordo com a Reuters, Sanders se manifestou nesta quarta por meio de um comunicado, e disse que o suposto atirador "aparentemente se voluntariou" em sua campanha presidencial. Ex-candidato nas primárias democratas e líder da esquerda dos Estados Unidos, ele condenou o tiroteio e afirmou que o ato de Hodgkinson foi "desprezível".

"Acabo de ser informado que o atirador é alguém que aparentemente foi voluntário da minha campanha presidencial. Deixem-me ser o mais claro o possível: a violência de qualquer tipo é inaceitável na nossa sociedade, e condeno essa ação nos termos mais contundentes possíveis", disse o senador.

"Trump é um traidor. Trump destruiu a nossa democracia. Chegou a hora de destruir Trump e companhia", escreveu em março o atirador em sua página no Facebook. Seu histórico nas redes sociais mostra uma série de crítcas severas aos políticos republicanos nos EUA.

De acordo com a mesma página, James Hodgkinson era originário de Belleville, subúrbio de St. Louis. Segundo sua esposa, citada pela emissora ABC, o homem havia se mudado há dois meses para Alexandria, cidade do estado da Virgínia, onde o ataque aconteceu.

Hodgkinson era dono de um negócio de inspeção de residências cuja licença venceu em novembro do ano passado e não foi renovada.