Cotidiano

Atingidos e eleitos terão reunião com Beto

Duas reuniões nesta semana (terça e quarta), uma em Curitiba e outra em Capitão, foram frustradas

Capitão – O entendimento entre famílias atingidas e o consórcio que constrói a Usina do Baixo Iguaçu, entre Capanema e Capitão Leônidas Marques, está mais difícil do que muitos poderiam prever. “Só com muito diálogo, bom-senso e serenidade para que todos os impasses sejam resolvidos de forma definitiva”, admite o secretário-chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, que há alguns meses tenta intermediar as negociações. Uma nova reunião, desta vez com o governador Beto Richa, será realizada na próxima terça-feira, na capital. Participarão representantes das famílias e prefeitos eleitos dos municípios afetados pela obra.

Duas reuniões nesta semana (terça e quarta), uma em Curitiba e outra em Capitão, foram frustradas. “Queremos uma solução. Essa espera, de três anos, custa muito caro às famílias. Só queremos o que é nosso de direito”, diz um dos representantes dos atingidos, Sidinei Martini. A expectativa é de que os entendimentos ocorram para que as famílias possam cuidar de suas vidas e o consórcio cumpra a execução do projeto da usina, orçada em R$ 1,7 bilhão.

O impasse está nos valores das indenizações e em termos do processo de assentamento. As famílias defendem a apresentação de áreas para coletivos e que todos os atingidos pelo empreendimento, de forma ou outra, tenham o direito de negociar e de receber o que é justo.

“Depois de 38 dias, na sexta-feira da semana passada, desmanchamos o acampamento próximo à entrada do canteiro de obras como um sinal de boa-vontade para fechar um acordo. Caso ele não ocorra logo, voltaremos a lutar por nossos direitos”, diz Sidinei. Do outro lado, o consórcio cortou 1,5 mil dos seus 2,8 mil funcionários.