Cotidiano

Atentado matou seis pessoas da mesma família

2016 923830921-201607161709350808_AFP.jpg_20160716.jpgNICE – O ataque perpetrado em Nice na última quinta-feira matou seis de sete membros de uma família francesa reunida na cidade: os aposentados François Locatelli, de 82 anos, e Chistiane Locatelli, de 78; a filha deles, Veronique Lyon, de 55; e o neto deles, Mickael Pellegrini, de 28; além dos sogros de Veronique, Gisele Lyon, de 63 anos, e Germain Lyon, de 68. O único sobrevivente foi o filho do casal Lyon, Christophe.

Os Locatelli eram bem conhecidos na cidade de Longwy, no nordeste da França, onde François trabalhou como engenheiro de aquecimento e seu neto frequentou os cursos de economia e ciências sociais no Lycee des Recollets. ?A grande família Recollets acaba de perder um dos seus? afirmou a instituição em seu website. ?Nós nos juntamos à família em sua enorme dor e sofrimento.?

Chistiane Locatelli ?adorava rir?, de acordo com o site do jornal ?Liberation?. Era uma mulher formidável, que amava orquídeas e cartões postais, contou ao periódico a irmã, Jacqueline, para quem ela havia acabado de enviar um postal de suas férias no Mediterrâneo. ?Ela me perguntou sobre meu coração. No fim, ela foi morta por um idiota?, disse Jacqueline.

Já Robert Marchand, da 60 anos, casado e pai de uma filha, estava em Nice com outros membros de um clube esportivo de sua cidade, Marcigny, no leste da França, conforme o ?Le Journal de Saone-et-Loire?. Adepto de várias modalidades, ele era técnico de times do clube. De acordo com Louis Poncet, prefeito de Marcigny, ele era ?um homem muito dedicado, um entusiasta que elevou o clube esportivo para seu nível mais alto?.

Na cidade para descansar com a mulher, Tomothe Fournier, de 27 anos, tentou salvar a companheira, que está grávida, tirando-a da frente do caminhão usado no atentado. Descrito como um sonhador pela prima Anais, ele sempre tinha o pé no chão quando se tratava do filho.

Viktoria Savchenko, de 20 anos, também foi se divertir em Nice. Estava com sua amiga Polina Srebryannikova, que, assim como Viktoria, estava de férias da Universidade de Finanças de Moscou. Ela não conseguiu escapar do caminhão. Polina, por sua vez, está hospitalizada.

Outra vítima foi Fatima Charrihi, que, segundo o filho Hamza, era uma muçulmana devotada, que praticava ?o verdadeiro Islã, não a versão terrorista?. Hamza afirmou que a mãe pode ter sido a primeira a morrer, atingida enquanto andava caminhava no passeio público com sobrinas e sobrinhos. Outro filho tentou reanimá-la, mas Fatima, mãe de sete, morreu na calçada.