Cotidiano

Associação critica afastamento de delegados da Lava-Jato em Curitiba

BRASÍLIA – A Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal (ADPF) criticou o afastamento dos delegados Eduardo Mauat e Duílio Mocelin do grupo de trabalho responsável pelas investigações da Operação Lava-Jato em Curitiba. A associação também fez um alerta sobre possível saída da delegada Erika Marena da investigação. Primeira colocada em recente em eleição interna de eventuais candidatos a diretor-geral, Erika é uma das principais investigadoras da Lava-Jato.

A ADPF ” vem a público demonstrar contrariedade e preocupação como afastamento dos delegados Eduardo Mauat e Duílio Mocelin, que até semana passada integravam o grupo de trabalho da Operação Lava-Jato”, diz nota divulgada nesta quinta-feira pelo conselho de diretores da associação. Segundo a entidade, o afastamento dos dois delegados provocará “atrasos e prejuízos” às investigações em andamento. Para os dirigentes da ADPF não faz sentido dizer que a troca de delegados seria revigorante.

“Tal fato demonstra que, efetivamente, a Lava-Jato não é uma prioridade para a direção-geral da Polícia Federal”, afirmam. Os delegados também “expressam temor frente a possível retirada de outra liderança da operação : a delegada Érika Marena”. Para a associação, uma eventual saída da delegada traria prejuízos irreparáveis para a Lava-Jato.