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Às vésperas da Rio-2016, CBF tentará coibir assédio de clubes

20160718181552_3.jpegAs vésperas dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, a seleção brasileira viveu situações inusitadas. Na concentração, ainda no Rio, o zagueiro Thiago Silva passou por exames médicos e fechou sua mudança do Milan para o Paris Saint-Germain. Na chegada da delegação a Londres, Oscar não foi com o elenco do aeroporto para o hotel. Acompanhado de funcionários do Chelsea, também foi se submeter a uma avaliação que selou sua transferência para o clube inglês. Cenas que a CBF tentará coibir às vésperas de um torneio disputado em meio à efervescência do mercado europeu. Futebol olímpico – 14.07

Jogadores como Rodrigo Caio, Rodrigo Dourado, Thiago Maia, Gabriel e Gabriel Jesus tiveram, nos últimos meses, seus nomes badalados pela imprensa estrangeira. Os dois últimos são os mais assediados por clubes da Europa. Na noite de segunda-feira, após o primeiro dia de trabalhos na Granja Comary, a comissão técnica reuniu o elenco. Foram passadas aos jogadores orientações sobre programação e outras diretrizes. A principal delas: que a atenção fique totalmente concentrada na busca da medalha de ouro.

A expectativa da comissão técnica da seleção olímpica é que todos os assuntos relativos a transferências de jogadores sejam tratados pelos agentes dos atletas, fora do ambiente do time. Não é possível controlar ligações telefônicas para os jogadores, por exemplo. Mas a ideia é evitar que os atletas alterem sua agenda de trabalho para tratar de temas relativos ao mercado.

– O nosso planejamento é para ter total tranquilidade aqui dentro. Tentar evitar estas situações ao máximo. Uma conversa que temos com os jogadores é que estamos a 33 dias de uma conquista inédita para o Brasil e o foco precisa ser diferente. Este encaminhamento precisa ser feito pelo representante do atleta – afirmou Erasmo Damiani, coordenador das divisões de base da CBF.