RIO Guilherme Karam morreu na manhã desta quinta-feira, no Rio, aos 58 anos. O ator conheceu o sucesso na época de “TV Pirata”, de 1988. No humorístico, ele eternizou diversos personagens, como o apresentador da TV Macho, Zeca Bordoada, e o capanga Agronopoulos. Ao lado de Débora Bloch, foi o único a fazer parte de todas as temporadas do programa, exibido entre 1988 e 1992.
Diogo Vilela, que fez parte do programa até 1991, não economiza elogios ao falar do trabalho do amigo. Assim como para muitos brasileiros, Zeca Bordoada ficou marcado em sua lembrança:
É o tom de voz dele que deu toda a macheza para o quadro disse Diogo, frisando o quanto admirava o trabalho do companheiro de cena. O Guilherme era um grande ator. Ele não pode ser esquecido como artista e lembrado apenas pela doença.
Marcelo Madureira, que fez parte dos roteiristas de TV Pirata antes de trabalhar no “Casseta e Planeta”, reforçou a importância do trabalho de Karam:
Guilherme Karan foi um grande ator. Foi precursor do teatro besteirol e absolutamente genial no TV Pirata.A perda de Guilherme e uma perda para as artes brasileiras, mas ele deixou a sua marca.
A atriz Zezé Motta se despediu do ator pelo Twitter.
Ele estava internado há pouco mais de dois anos no Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins, Zona Norte da cidade. Ele tratava a síndrome de Machado-Joseph, uma doença degenerativa que também vitimou a mãe e dois irmãos. Procurado pelo GLOBO, o hospital ainda não divulgou mais informações.
