Cotidiano

Arrecadação da APP é maior que da maioria das prefeituras paranaenses

Apenas de contribuição sindical foram arrecadados no período mais de R$ 30 milhões

Curitiba – O sindicalismo, ao menos em determinados casos, parece estar passando ao largo da crise econômica que levou mais de 12 milhões de brasileiros ao desemprego. Uma prova disso é a APP-Sindicato, mantida por professores e demais funcionários da educação pública paranaense.

Em 2015, a APP teve aumento de 13% no montante recolhido diretamente na folha dos servidores, o que elevou seu orçamento a superar, e muito, o da maioria das prefeituras do Estado. Apenas de contribuição sindical foram arrecadados no período mais de R$ 30 milhões. Já os ativos do sindicato, que incluem sedes administrativas, colônias de férias e investimentos financeiros, somavam mais de R$ 50 milhões.

Isso tem levado um número crescente de filiados a questionar o destino dado a tanto dinheiro, investido parcialmente no pagamento de auxílio-moradia, alimentação e complementação de vencimentos dos dirigentes da APP. Esses benefícios consumiram quase R$ 2,5 milhões naquele ano, conforme demonstrado no último relatório detalhado de prestação de contas do sindicato disponível na internet.

 

OUTROS GASTOS

No ano em que as paralisações da categoria prejudicaram o calendário escolar de milhares de estudantes, os gastos da APP com as greves, mobilizações com o fundo de greve foi de R$ 9,3 milhões. Para a divulgação e comunicação, mais R$ 1,9 milhão – incluídos nesse valor o pagamento de campanhas publicitárias e outdoors contra o Estado, fonte pagadora dos salários dos filiados e dos próprios sindicalistas.
Também foram feitos generosos repasses a centrais sindicais e “doações” a movimentos sociais, geralmente ligados ao PT, partido de qual faz parte a maioria da direção da APP. A CUT Nacional recebeu R$ 180.107, a estadual R$ 295.866 e “movimentos sociais” (sem especificação de quais sejam) outros R$ 170 mil.