Agronegócio

Área com trigo deverá aumentar 40% na região

Os dados ainda são preliminares e podem aumentar nas próximas semanas, mas nas primeiras sondagens feitas pelos Núcleos Regionais da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento) de Toledo e de Cascavel a área a ser destinada para o trigo neste ano vai aumentar cerca de 40% nos 48 municípios cobertos pelos dois núcleos.

A principal cultura de inverno caiu em descrédito com o produtor nas últimas décadas e tem feito com que cada vez menos deles destinem espaço nas suas lavouras a esse cereal. O que ocorre neste ano, explica o técnico do Deral (Departamento de Economia Rural) em Cascavel José Pértille, é que uma área que deixou de ser cultivada com o milho pelo fim do zoneamento após o atraso do ciclo da soja vai ser semeada com trigo num processo natural de migração. “Como era de se esperar, não deu tempo para todos cultivarem milho, então estimamos neste momento, na regional de Cascavel em 28 municípios, 140 mil hectares, mas pode aumentar um pouco mais. No ano passado foram 99 mil”, compara.

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Apesar de não ser uma cultura rentável e de bom comércio, já que o trigo brasileiro costuma ficar nos silos e nos armazéns por meses em decorrência das importações do cereal argentino, ele aparece como uma boa opção de rotação de cultura. Na avaliação de especialistas, apesar do mercado ruim para o produto brasileiro, seu enriquecimento de solo permite bons desempenhos nas lavouras nos cultivos seguintes.

 

Toledo

Já no núcleo de Toledo, com 20 municípios, dos apenas 16 mil hectares cultivados em 2017 deverão aumentar para 18 mil. Isso porque a área com milho por lá não baixou muito e ficou na casa dos 427,5 mil hectares.

No núcleo de Cascavel o milho retraiu de cerca de 370 mil (safrinha de 2017) para 300 mil hectares no ciclo que acaba de ser plantado.

Quanto ao cultivo do trigo, as plantações se iniciam no próximo mês e ainda não há estimativa de produção e de produtividade.