SINGAPURA, TÓQUIO E DUBAI – A Arábia Saudita, maior exportador global de petróleo, avisou os clientes nos EUA e Europa que reduzirá seu fornecimento em janeiro, enquanto a Rússia, maior produtor mundial, ainda mostra resistência a aderir ao acordo. Em Nova York, os contatos de petróleo do tipo WTI para janeiro de 2017 sobem 0,98%, a US$ 51,34.
Os sauditas informaram os clientes que a redução no fornecimento corresponde ao corte na produção acordado pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) na semana passada, conforme uma fonte do setor no Golfo Pérsico. ?Informamos a nossos clientes sobre os rateios (dos cortes) e que a Arábia Saudita cumprirá em 100%?, disse a fonte, destacando que as reduções para as refinarias asiáticas serão menores do que para as dos EUA e Europa. ?Estamos cortando mais nos EUA porque os pedidos (…) são muito altos.?
A Opep se reunirá no sábado, em Viena, com países de fora do grupo. A expectativa é que estes se comprometam a reduzir a extração de óleo em 600 mil barris por dia (bpd), depois que os integrantes do cartel acertaram corte de 1,2 milhões bpd na semana passada.
Fontes da Opep disseram que nove países de fora do cartel confirmaram presença no encontro, incluindo Rússia, maior produtor do mundo, México, Sudão e Malásia.
Até o momento, somente Rússia e Omã se comprometeram com os cortes, e uma fonte da Opep informou que o México pode contribuir também. Já o Kasaquistão planeja ampliar a produção no ano que vem.
Estima-se que a Rússia responda pela metade da redução no bombeamento por países não membros da Opep, mas Moscou disse, nesta sexta-feira, que ainda há assuntos que deem ser abordados antes de se chegar a um acordo. ?A Rússia vê riscos para seguir adiante com o acordo sem que as questões sejam resolvidas?, disse uma pessoa do governo à agência de notícias Reuters.
