Cotidiano

Após tentativa de suicídio, Chelsea Manning faz greve de fome na prisão

2013_637208590-20130814170904338ap.jpg_20130814.jpg

LEAVENWORTH, EUA – Principal delatora do WikiLeaks, a soldado americana Chelsea Manning começou uma greve de fome na prisão onde cumpre pena pelos vazamentos de segredos militares. Meses depois de ter tentado suicídio, ela denuncia estar tendo tratamento inadequado e afirmou que só voltará a comer após ter demandas atendidas.

“Preciso de ajuda. Não estou tendo nenhuma. Pedi ajuda por seis anos, em cinco diferentes locais de confinação. Meu pedido foi apenas ignorado, adiado, ironizado e postergado pela prisão, os militares e o governo”, denunciou Manning através de um advogado, indicando que só beberá água e tomará remédios até segunda ordem.

Manning foi condenada em 2013 por ter fornecido mais de 700 mil documentos, vídeos, comunicações diplomáticas e relatos de guerras ao Wikileaks, no maior vazamento de material secreto da História dos EUA. A ex-analista de Inteligência, que é mulher transexual, cumpre sentença de 35 anos de prisão em uma penitenciária para homens em Fort Leavenworth, no Estado do Kansas.

Em julho, depois de denúncias à imprensa de que estava sendo ignorada em apelos por ser tratada como mulher, Manning tentou cometer suicídio. O caso fez com que ela ficasse sujeita a sanções administrativas.

No ano passado, o Exército concordou em fornecer a Manning terapia hormonal. Atualmente, ela aguarda a resposta a um pedido de transferência para uma prisão feminina.

“Esta greve de fome continuará até receber os mínimos padrões de dignidade, respeito e humanidade”, diz Chelsea, que afirma estar ‘preparada para a possibilidade de morrer’.