Cotidiano

Após morte de traficante no Paraguai, Beltrame diz que a situação vai piorar em dois meses

RIO – O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, voltou a falar sobre a morte do traficante Jorge Rafaat Toumani na cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, na noite da quarta-feira. Para o secretário, a criminalidade vai aumentar muito nos próximos dois meses.

– Essa morte é o trânsito livre para o mercado de drogas e armas do esquema da facção de São Paulo. Se hoje são apreendidos 1,5 fuzil por dia, daqui a dois meses a situação irá piorar muito para o Rio e o Brasil. A negociação toda agora é com a facção de São Paulo -disse Beltrame.

Rafaat era acusado de herdar o posto de rei do tráfico na fronteira Brasil-Paraguai, que pertencia a Fernandinho Beira-Mar, preso desde 2002. Ele dirigia uma caminhonete blindada ao ser atingido por tiros de uma metralhadora antiaérea .50. O veículo não segurou o impacto dos disparos. De acordo com o jornal paraguaio “ABC Color”, Rafaat morreu na hora.

No Paraguai, Rafaat era conhecido como próspero empresário do ramo de pneus e vivia livremente. Ele negava os vínculos com o tráfico e dizia ser vítima de perseguição.

Beltrame, que participou na manhã desta sexta-feira da apresentação do Dossiê Mulher, elaborado pelo ISP, falou ainda sobre as imagens de traficantes armados na Central do Brasil. Ele disse que não ficou surpreso.

– O problema não é só da polícia, é de ordenamento urbano. Não é preciso o secretário de Segurança ir ao local para mandar fechar uma passagem da Supervia, por onde os bandidos passam, como o que aconteceu na Linha Amarela.